Empresas investem em necessidades mentais, físicas e emocionais de colaboradores na pandemia
Na UnitedHealth Group Brasil, programa promove apoio mútuo entre os funcionários
Passado mais de um ano no início da pandemia, ainda não existem fórmulas prontas para superar o difícil cenário que ainda persiste. Mas não há dúvidas de que a solidariedade tem sido uma das ferramentas mais eficazes para apoiar e ajudar as pessoas a enfrentar a Covid-19 e todas as suas consequências. Foi baseada nessa premissa que o UnitedHealth Group Brasil, empresa que é composta pela operadora de planos de saúde Amil e pela rede médico-hospitalar Americas, lançou um programa interno de apoio mútuo entre colaboradores para casos de Covid-19, de saúde mental e de violência doméstica. A iniciativa, que acaba de completar um ano, já engajou mais de 220 pessoas.
Batizado de UnitedCares, o programa oferece suporte a qualquer colaborador com suspeita ou diagnosticado com a Covid-19, além de sua família, por meio de um outro funcionário da empresa, não diagnosticado com o coronavírus, que atua voluntariamente e é chamado de Guardião. Com o foco na experiência dos colaboradores, o serviço do UnitedCares foi ampliado no fim do ano passado e passou a atender também casos de saúde mental e de violência doméstica.
A atuação do Guardião para apoiar o colaborador que aciona o programa consiste em evidenciar os diversos benefícios e opções de suporte que a empresa dispõe para esses três tipos de caso. O acesso ao programa se dá por meio de uma plataforma de telessaúde, que pode ser acionada a qualquer momento por quem deseja solicitar o apoio. A partir daí, os guardiões recebem uma mensagem por e-mail e um SMS para avisar que existe alguém para ser guardado e já fazem o primeiro contato. Os colaboradores voluntários recebem treinamento das áreas de Educação e Saúde da empresa sobre como lidar com os desafios do atendimento. Outras lideranças e business partners da companhia também foram treinados. Para medir a efetividade do programa, uma pesquisa de feedback é enviada após seis semanas de atendimento.
“O ponto de partida do programa é a série de iniciativas de apoio oferecida pela empresa, que é bastante consistente. O guardião é um facilitador. Mas a atuação dele só faz sentido a partir do que a empresa disponibiliza como suporte”, explica Ricardo Burgos, vice-presidente de Capital Humano do UnitedHealth Group Brasil. O carro-chefe da empresa nesse sentido é o Programa de Apoio ao Colaborador (PAC), que provém assistência psicológica, financeira, jurídica e social aos funcionários da companhia – frentes que as pessoas geralmente necessitam de apoio quando estão diante de um quadro de Covid-19, violência doméstica ou transtorno mental. Todos os 38 mil colaboradores da companhia têm acesso ao programa que, de janeiro de 2020 a maio de 2021, já prestou mais de 19,5 mil atendimentos.
Entre os benefícios oferecidos pela empresa estão também o empréstimo consignado, acesso a plataforma de exercícios físicos remotos, descontos em farmácia, Programa de Saúde Mental com equipe multidisciplinar, acompanhamento via telessaúde, cupons de desconto para delivery de itens diversos e refeições. “Muitas vezes, a pessoa em adoecimento ou situação de vulnerabilidade não sabe por onde começar a pedir ajuda. E o guardião é essa figura que pode orientá-la e ajudá-la, ao indicar os caminhos possíveis. Em muitos casos, ele acaba virando um amigo, um conselheiro, um grande apoiador”, explica Burgos.
Essa foi a experiência da guardiã Barbara Freitas. “O programa é direcionado para a pessoa que é guardada. Mas ele também proporciona milhares de sentimentos positivos para os guardiões”, define a assistente de Capital Humano. Já para Regina Gomes Santiago, analista jurídica do UnitedHealth Group Brasil, que teve Covid-19 no ano passado e usufruiu do programa com o apoio de Barbara Freitas, o suporte foi importante para ultrapassar o período da doença com mais tranquilidade. “Fui acometida por uma doença que é nova e devastadora. Enquanto muitas empresas quebraram ou demitiram seus funcionários, a que trabalho criou um programa para ajudar seus colaboradores. Eu me senti muito acolhida. Tive muito medo no início da doença, mas a empresa mostrou que estava do meu lado e que eu podia contar com ela no que precisasse. Até cupom de empresa de delivery de comida me disponibilizaram através do programa. Esse apoio foi fundamental para o meu lado psicológico”, conta.