Equilíbrio financeiro dos casais requer harmonização de diferenças para elaboração de um orçamento comum

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Para a educadora Emilene Faria, capacidade de definir objetivos comuns, dialogar e construir acordos sobre gastos e reservas são fundamentais para o equilíbrio financeiro familiar

Pesquisas recentes mostram que os casais têm conversado mais sobre gastos e orçamento familiar e, segundo dados do SPC Brasil, este índice chega a 85%. O levantamento do instituto mostra também que uma parcela correspondente a 21% reconhece que decide tratar do assunto somente quando a situação entra em uma fase crítica, informa a educadora Emilene Faria Mesquita durante palestra sobre “Educação financeira para casais” promovida pela Fundação de Previdência Complementar do Estado de São Paulo (Prevcom) em parceria com a DSOP Educação Financeira.

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No relacionamento, as pessoas compartilham sonhos, planos para o futuro além de formas diferentes de lidar com mudanças no padrão de vida e de tratar o dinheiro. Segundo Emilene Faria, é necessário conversar, examinar e organizar receitas e despesas e fazer um diagnóstico. Esta análise equivale a um balanço da união que mostra quais são as metas, as limitações, os recursos e tudo o que é importante colocar em prática para manter a infraestrutura familiar.

Definidas as prioridades, um componente essencial é a fidelidade financeira para estabelecer acordos claros sobre o orçamento, definir a contribuição de cada um, cuidar da reserva para alcançar objetivos comuns como a compra da casa própria, previdência, realizações individuais ou aumentar a família. De acordo com a educadora da DSOP, a sustentabilidade se traduz no melhor aproveitamento dos recursos existentes para que eles durem mais e permitam aproveitar o benefício da longevidade com finanças saudáveis e equilibradas.

A capacidade de aprender com o outro, de se comunicar com clareza e estruturar acordos é um antídoto para evitar os desentendimentos frequentes que ocorrem por dinheiro, assinala. Os três principais motivos de atrito estão relacionados a gastos além das condições financeiras, item que corresponde a 38% dos casos. Cerca de 27% das divergências surgem quando se esgotam 100% das receitas do mês, sem deixar capital para a reserva, e 25% estão associadas a discordâncias quanto a gastos com a residência. A lista se estende e envolve também os atrasos no pagamento de contas, rigidez orçamentária exagerada, falta de transparência, divisão de responsabilidades sobre as despesas, compras dos filhos, diferença salarial e uso das economias.

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A educadora Emilene Faria considera que a chave para alcançar a estabilidade econômica está no entendimento em relação ao que se pretende realizar em conjunto, quanto será guardado mensalmente para isto, com valores definidos. Desta forma, se chega a um saldo que permite descobrir qualquer descontrole e acionar as alternativas de definir cortes ou aumentar a receita. Deve-se pensar também na sucessão e no legado com a contração de seguro de vida e plano previdenciário. A palestra virtual realizada para participantes da Prevcom integra as atividades desenvolvidas no programa Conta Comigo de Educação Financeira que oferece suporte e assistência especializada aos servidores inscritos nos planos da entidade.

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