Estiagem no Rio Grande do Sul prejudica produtores rurais; Seguro é alternativa para prevenção de perdas

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Mais de 200 municípios decretaram situação de emergência na região

Chega a 239 o número de municípios em situação de emergência no Rio Grande do Sul por conta da estiagem. A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, foi conferir a situação no Estado e esteve no município de Santo Ângelo, na quarta (12).

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Informações do Rally da Safra 2022, maior expedição técnica do agronegócio brasileiro, indicam que as perdas ao potencial produtivo das lavouras no Paraná, Sul do Mato Grosso do Sul, São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul são irreversíveis. A estimativa da produção caiu 7%, para 134,2 milhões de toneladas. No pré-plantio, a previsão era de 144,3 milhões de toneladas.

A área plantada é estimada em 40,7 milhões de hectares – 5% maior que a safra passada. Um aspecto importante: é preciso que volte a chover nessa parte do País para que os problemas não continuem se agravando. A produção atualmente projetada é 2,95 milhões de toneladas inferior à da safra 2020/2021. “Os problemas climáticos impedem uma terceira safra recorde consecutiva, depois de 2019/2020 e de 2020/2021”, diz André Debastiani, coordenador do Rally da Safra. A produtividade média de soja do Brasil para a safra 2021/2022 é estimada em 55 sacas/hectare, a menor desde a safra 2015/2016 quando o Brasil registrou 49,3 sacas/hectare.

Boa parte das perdas acumuladas se concentra nas lavouras de soja precoce (semeadas na segunda quinzena de setembro e na primeira de outubro), situadas nos estados afetados pela estiagem. Em solo gaúcho, a produtividade prevista para a atual safra caiu 17% sobre 2020/2021, 48 sacas por hectares.

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Rafael Di Domenico é especialista da Genebra Corretora de Seguros no Seguro Paramétrico / Divulgação
Rafael Di Domenico é especialista da Genebra Corretora de Seguros no Seguro Paramétrico / Divulgação

Rafael Di Domenico, especialista da Genebra Corretora de Seguros no Seguro Paramétrico, reitera que em momentos assim é que o seguro precisa “cumprir seu papel para mitigação de danos, prestando garantias aos produtores no momento de necessidade”. “Uma apólice de seguros pode proteger desde o faturamento de uma grande empresa do agronegócio até a renda da família de um produtor rural atingido por algum evento da natureza, nesse atual caso, a estiagem”, completa.

Rafael aproveita para enfatizar as soluções do Seguro Paramétrico. A atuação da Genebra Corretora de Seguros acontece em parceria com a holandesa Vandersat – que faz prestação de serviços de monitoramento para grandes seguradoras. “O produto que apostamos para esse período de secas é um pouco diferente do produto tradicional multirrisco. A cobertura se dá quando: tem excesso de chuva (chuvas diárias ou média mensal), falta de chuva (chuvas diárias ou média mensal), calor excessivo, risco de baixas temperaturas e falta de variação da temperatura, portanto, ao contratar o Seguro Paramétrico e for verificado que os índices climáticos combinados ficaram fora do previamente estabelecido, o produtor é indenizado, independentemente do manejo, se houve produção ou não. A indenização se dá sem o longo caminho da regulação do sinistro”, revela o consultor.

Em caso de perdas pelo período de seca, o produtor deve avisar imediatamente a seguradora ou corretora com a qual fez a contratação da apólice. “O bom manejo das informações necessárias para o levantamento dos prejuízos também ajuda para que haja uma regulação de sinistro mais célere. Temos visto um aumento significativo na procura do Seguro Paramétrico, mas como ainda é um produto novo no Brasil, os produtores ficam receosos em contratar, preferindo as apólices mais tradicionais. Entretanto, com a forte estiagem desse ano, apostamos que esse produto terá uma aceitação maior”, projeta Rafael Di Domenico.

Veja também: Segunda apólice de Seguro Paramétrico do Brasil é do Rio Grande do Sul.

A forte onda de calor que atinge o Estado gaúcho deve permanecer na região até o final desta semana. A previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) é que a temperatura máxima em Porto Alegre (RS) será de 39º, no sábado (15). Segundo o meteorologista Mamedes Melo, consultado pela Agência Brasil, esse calor fora do comum se deve ao fenômeno La Niña. A previsão é que a onda de calor vai diminuir à medida que a massa de ar quente for penetrando o continente. Isso deve influenciar, inclusive, na diminuição das chuvas que atingem os Estados de Minas Gerais, Goiás, Tocantins e Bahia, dando espaço às chuvas típicas de verão: intensas e rápidas.

De acordo com a Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural do RS esta pode ser considerada a maior seca dos últimos 17 anos, o que pode resultar em uma perda de 39% nas lavouras do Estado.

Saiba mais sobre o funcionamento da solução de monitoramento da empresa Vandersat (.PDF).

*Com informações de Agência Brasil e Carol Silveira.

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