Estudo da FreteBras revela que fretes do Nordeste para o Sul têm maior risco de roubos e acidentes

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Levantamento aponta que 76% dos sinistros de cargas registrados no período tiveram origem em acidentes e 24% foram relacionados a casos de roubo

A FreteBras, maior plataforma online de transporte rodoviário de cargas da América do Sul, realizou um levantamento para avaliar as rotas de maior e menor risco no Brasil. O estudo, que analisou 130 mil fretes e mais de 300 sinistros, de 2018 a 2020, aponta que os trajetos com origem no Nordeste em direção ao Sul são os que têm os maiores índices de sinistralidade das cargas. A pesquisa também revela que 76% dos sinistros avaliados no período tiveram origem em acidentes e 24% foram relacionados a casos de roubo.

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O levantamento realizado pela plataforma serviu como base para a criação de seu novo produto, a FreteBras Risk, uma gerenciadora de riscos especializada em consulta e cadastro de motoristas, que utilizará tecnologia e inteligência artificial para comparar a compatibilidade dos caminhoneiros e veículos com as cargas, com um alto grau de precisão.

“Nosso time de gestão de risco analisou dezenas de milhares de fretes para estabelecer as rotas com maior ou menor probabilidade de sinistros, assim como o tipo de mercadoria e o valor das cargas mais visadas. Com isso, fomos capazes de criar um sistema realmente eficiente para validar os motoristas que farão o transporte das cargas, o que trará mais segurança para o setor”, afirma Marco Raduan, Head de Gestão de Risco da FreteBras.

Trajetos e cargas com maior risco de sinistro

Considerando a taxa de roubos, condições da pista e riscos gerais que a via pode oferecer, o levantamento indica que, além do trajeto Nordeste – Sul, existe também um grande risco nos trajetos entre Nordeste e Sudeste e do Sudeste com direção ao Norte e Nordeste. As menores taxas de risco foram encontradas nos trajetos com origem no Sudeste e destino ao Centro-Oeste e também nos trechos com origem na região Norte com direção à região central do país.

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Segundo os dados levantados pelo estudo, a região Sudeste detém 40% dos fretes e sinistros analisados, o que permitiu uma avaliação mais detalhada dos trajetos dentro da região. A pesquisa apontou que o maior risco está na rota originada no Rio de Janeiro com destino a São Paulo, seguida pelos trajetos de Minas Gerais com direção à capital paulista. As rotas com menor risco são as realizadas dentro do estado de São Paulo.

O estudo permitiu ainda a identificação dos tipos de mercadorias e seus valores com maior e menor probabilidade de sinistros. Eletrônicos, Fertilizantes, Combustíveis, Bebidas, Sucatas de alumínio, Aço e Cigarro estão entre as mais propensas a sofrer um sinistro, enquanto Produtos químicos, Eletrodomésticos e Têxteis estão entre as de menor risco.

No que se refere aos valores das mercadorias, a FreteBras Risk, que já conta com homologação da Sompo, HDI, Fairfax e Mapfre e está em negociações com outras 15 seguradoras, classifica as cargas em cinco níveis de risco de sinistralidade com base em seu valor de mercado: baixíssimo (menos de R$ 10 mil), baixo (entre R$ 10 mil e R$ 50 mil), médio (entre R$ 50 mil e R$ 100 mil), alto (entre R$ 100 mil e R$ 150 mil) e altíssimo (acima de R$ 150 mil).

Viagens mais seguras

Com o objetivo de reduzir prejuízos causados por atos ilícitos e acidentes, a FreteBras Risk analisa em poucos minutos cinco parâmetros de risco: o histórico do caminhoneiro, do veículo e de seus proprietários, os tipos de carga e seus respectivos valores de mercado e as rotas de maior e menor risco. As apurações são feitas através de bases de dados oficiais e públicas, bases de consultorias de risco contratadas e o próprio histórico de relação dos motoristas com a FreteBras, que já atua no mercado há 12 anos e possui em sua base de usuários cerca de metade dos caminhoneiros autônomos do Brasil (540 mil).

A empresa afirma que o seu motor de risco é capaz de avaliar a compatibilidade do motorista com a carga a ser transportada em um quinto do tempo que uma gerenciadora de risco tradicional levaria para executar a mesma tarefa. Em diversos testes realizados, o retorno de compatibilidade acontece em menos de 10 minutos.

“Avaliamos se o caminhoneiro está habilitado a conduzir o veículo necessário para realizar o frete consultado, se ele está livre de antecedentes criminais, além do histórico de relacionamento e sinistralidade dentro da FreteBras. Caso o veículo não seja do motorista, analisamos se o proprietário está em situação regular e se possui processos judiciais de pessoas e entidades associadas ao veículo”, afirma Raduan.

De acordo com ele, as análises conseguem confirmar se a carga ou a rota têm alto índice de roubo ou acidente. “Agrupamos as mercadorias em tipos de produtos e cruzamos com o valor das cargas, chegando assim a uma matriz de pontuação de risco. Desta forma, conseguimos mostrar quais os riscos em relação à rota traçada no frete, algo inédito no setor”, finaliza.

A FreteBras tem como objetivo a melhoria da segurança na sua plataforma e, consequentemente, do mercado de transportes rodoviários. Até o final de 2021 a expectativa é ter todos os 540 mil caminhoneiros cadastrados na plataforma devidamente validados pela gerenciadora de risco da empresa.

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