Estudo mostra que Burnout e saúde mental são citados mais de 200 mil vezes desde o começo do ano
Knewin une-se à Vitalk para desmistificar principais dúvidas em relação ao tema
A partir de janeiro de 2022, a síndrome de Burnout passa a ter uma relação ainda mais causal com o trabalho. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Burnout se caracteriza como um estresse crônico de trabalho que não foi administrado com sucesso. Para traçar um termômetro das conversas relacionadas ao tema desde a mudança na classificação, a Knewin, maior PRTech e referência em monitoramento de mídia espontânea, realizou um levantamento nas mídias sociais considerando burnout, saúde mental e outros termos relacionados.
Após análise do volume das postagens, a empresa constatou um total de mais de 200 mil postagens no Twitter sobre Burnout e saúde mental entre o período de primeiro de janeiro e 14 de fevereiro de 2022. A pauta foi debatida em conjunto com outras doenças psicológicas, como ansiedade e depressão. “Considerando o tempo de levantamento, o número de menções é bastante expressivo mostrando que a pauta está em evidência e ganhou força com a nova classificação da OMS”, comenta Lucas Nazário, CEO da Knewin.
Mesmo antes da mudança pela OMS, o Burnout e suas implicações já chamavam a atenção da imprensa e especialistas, e ganhou ainda mais destaque com a chegada da pandemia provocada pela Covid-19 e o consequente aumento do número de casos. Entre 2019 e 2022, houve um crescimento de 607,5% no número de citações em veículos de imprensa sobre o tema.
Com o tema gerando uma movimentação alta nas mídias sociais e engajada pela missão de democratizar o acesso à informação a partir de tecnologia de ponta, a Knewin juntou-se à Vitalk, empresa especialista em gestão de bem-estar emocional, tanto individual quanto corporativo, para oferecer um e-book com as principais dúvidas relacionadas ao Burnout. O material é gratuito e está disponível neste link. “A colaboração entre a Knewin e a Vitalk tem o intuito de promover o acesso ao tema com um conteúdo relevante sobre uma questão de extrema importância para toda a sociedade”, explica Lucas.
Como diferenciar Burnout de estresse?
Antes de elencarmos as principais diferenças entre Burnout e estresse, é preciso ter em mente que profissionais que trabalham sob pressão, com uma alta carga de demandas e um alto grau de perfeccionismo estão mais propensos a desenvolver a síndrome. Mas as cargas elevadas de afazeres não são as únicas responsáveis pelo Burnout. O pouco tempo e a falta de autonomia para executar as demandas são outros agravantes comuns, ou seja, ter muito trabalho, mas poucos recursos internos e externos e prazos impossíveis são uma combinação que tende a desencadear Burnout.
Veja abaixo um quadro que destaca as principais diferenças entre Stress e Burnout.
“A nova definição pode ajudar a detectar mais casos de Burnout e isso é fundamental para reduzir os sintomas, introduzir um autocuidado mais consciente e consequentemente um tratamento clínico adequado em conjunto com ajustes no ambiente de trabalho. Sem esse reconhecimento e consequentemente um cuidado adequado, a pessoa continua sofrendo, ocasionando um impacto negativo para a produtividade de quem é afetado e também da empresa, além de estar em um risco para desenvolver quadros clínicos mais complexos como depressão”, afirma Ines Hungerbühler, Diretora Clínica da Vitalk
Que direitos tem a pessoa com síndrome de burnout?
De acordo com trecho do ebook da Vitalk, caso seja afastada pelo INSS por Burnout, a pessoa não pode ser demitida por, no mínimo, 12 meses (ou o que estiver previsto no acordo coletivo da categoria correspondente). Quando o colaborador fica impedido de trabalhar devido ao burnout, ela tem direito ao auxílio-doença, conforme as regras do INSS. Nos casos mais graves, também há a possibilidade de solicitar aposentadoria por invalidez, que pode ser suspensa em caso de recuperação. Abre-se também a possibilidade de que a pessoa diagnosticada com a síndrome acione a justiça para buscar reparação.
O que as empresas precisam se atentar?
Ainda segundo a Vitalk, mais do que nunca, será necessário investir em saúde mental para atrair e reter talentos e também evitar o crescimento dos custos com afastamentos. Será necessário priorizar este tema, criando ações e mensurando os resultados de maneira objetiva, para que seja possível verificar a efetividade das estratégias aplicadas para evitar casos de Burnout. Isso requer das empresas maior atenção quanto à forma que olham para a saúde das pessoas.
As lideranças têm um papel muito importante na criação e manutenção da cultura, o que também envolve a segurança psicológica dentro de um ambiente de trabalho e a promoção de uma cultura anti-burnout. Existem vários comportamentos que indicam uma alta ou baixa segurança psicológica. Como liderança, é importante ficar atento não apenas nos comportamentos dos outros, mas também no próprio comportamento. “Como eu, líder, estou reagindo quando alguém comete um erro? Como estou dando feedbacks para as pessoas lideradas? Qual impressão estou passando para fora? Sou um/a super herói/na ou humano/a? Estou mostrando vulnerabilidade? Estou pedindo ajuda? Estou falando das minhas falhas abertamente? As lideranças são modelos de comportamentos e atitudes e esses são alguns questionamentos que ajudam na construção das estratégias de bem estar”, explica Ines.
Pela mudança recente na classificação de Burnout, algumas empresas poderão ser pegas de surpresa. Para que isso não ocorra, é urgente implementar a pauta de saúde mental no ambiente corporativo de forma estruturada, organizada e mensurável. Programas de saúde mental trazem alta performance e criam ambientes financeiramente saudáveis. “Cuidar da saúde mental dos colaboradores não deve estar restrito apenas à área de Recursos Humanos e Gestão de Pessoas, embora estas áreas possam lidar com o tema de forma ainda mais estratégica. Isso deve ser incluído nos objetivos de qualquer liderança que almeja que seu negócio prospere e que tenha equipes resilientes, que consigam cumprir seus objetivos sem criar desgastes excessivos”, conclui a Diretora Clínica da Vitalk