Excesso de aplicativos promove estresse e erros nas empresas

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De acordo com a pesquisa, 5 em cada 10 funcionários usam drives pessoais para armazenar dados de trabalho

Não é novidade que o mundo digital converteu quase todos os negócios de uma empresa em computadores. Porém, o extenso painel de aplicativos, senhas para memorizar, diferentes ferramentas, entre outras, podem ser a causa de muitos erros causados ​​por stress e vazamento de dados no Brasil.

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De acordo com uma pesquisa da OpenText, 71% dos funcionários brasileiros usam seis ou mais ferramentas e aplicativos todos os dias, incluindo e-mail, mídia social, drives compartilhados e muito mais. 15% colocam o número em 11-15, 7% em 16-20 e 10% simplesmente dizem que o número é alto demais para contar. Apenas 2% dos entrevistados afirmaram não usar ferramentas ou aplicativos em um dia normal.

A pesquisa OpenText, com dois mil brasileiros entrevistados, indicou que para 38% o excesso de informação entre todos os seus aparelhos é a maior causa de estresse, enquanto 41% afirmam ter dificuldade para memorizar as senhas de cada acesso.

Outro ponto fundamental da pesquisa, que cria risco de segurança para as empresas, é o uso de aplicativos pessoais, como o Google Drive, para compartilhamento de arquivos de trabalho. Entre os brasileiros entrevistados, 56% já usaram contas pessoais em aplicativos de armazenamento em nuvem para armazenar um item da empresa.

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Isso, somado ao fato de 34% dos brasileiros afirmarem que o maior problema encontrado no home office é o acesso aos arquivos internos de seus trabalhos, expõe as empresas a falhas que podem resultar em problemas de privacidade dos dados.

Além do Brasil, a OpenText pesquisou funcionários na Índia, Japão e Itália. Uma versão anterior da pesquisa analisou as respostas da França, Alemanha, Reino Unido, Espanha, Canadá, Cingapura e Austrália. Os índices do Brasil combinam melhor com os da Índia, que tem números semelhantes. No entanto, os brasileiros estão usando mais aplicativos e ferramentas do que muitos outros países, incluindo Austrália, Japão e Itália. Ao usar mais aplicativos de terceiros para fins comerciais, os brasileiros podem estar criando altos níveis risco para suas organizações.

“A má gestão de informações tem implicações importantes para os negócios”, disse Roberto Regente Jr., vice-presidente para a América Latina da OpenText. “A produtividade do funcionário pode ser prejudicada à medida que a equipe enfrenta problemas de acesso, enquanto a segurança pode muitas vezes se tornar uma questão secundária à medida que a equipe procura soluções alternativas. Com os dados frequentemente residindo em sistemas múltiplos e díspares, a busca de uma única versão da verdade por uma organização pode se tornar virtualmente impossível.”

A pesquisa faz parte de um estudo conduzido pela OpenText em novembro de 2020, onde os entrevistados também foram questionados sobre sua familiaridade com os novos regulamentos de privacidade de dados, como o LGPD.

Os números reafirmam, mais uma vez, a necessidade das empresas no Brasil adotarem soluções assertivas, tanto para digitalização, buscando centralizar sistemas, quanto para segurança cibernética, a fim de evitar o uso de aplicativos externos para compartilhamento de dados sigilosos.

Os últimos vazamentos de big data, onde informações de mais de 200 milhões de brasileiros, inclusive pessoas falecidas, divulgadas na mídia ao longo de fevereiro, fomentaram uma ampla discussão sobre o uso e armazenamento de dados de clientes pelas empresas. Os índices sugerem que ainda há um longo caminho para que a segurança de dados seja completa no território nacional.

Metodologia

A pesquisa foi realizada entre os dias 11 e 25 de novembro passado com 12 mil pessoas do Brasil, Índia, Japão e Itália. E entre abril e maio de 2020, mais 12.000 pessoas na França, Alemanha, Reino Unido, Espanha, Canadá, Cingapura e Austrália. No Brasil, 2.000 foram entrevistados com o objetivo de representar uma amostra de como os consumidores locais lidam com a questão da privacidade de dados.

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