Expectativa de crescimento na Black Friday 2020 é de 77%
Associação estima que o faturamento na data chegue a R$ 6,9 bi este ano, e marcas apostam em grandes resultados
A Associação Brasileira do Comércio Eletrônico (ABComm) divulgou que as vendas online na Black Friday têm estimativa de crescer 77% em 2020, alcançando R$ 6,9 bi de faturamento, em comparação com a mesma data no ano passado. As categorias mais procuradas para a data devem ser beleza e perfumaria (100%), moda e acessórios (94%), móveis (87%), esporte e lazer (73%), eletroportáteis (73%), brinquedos (68%), telefonia (66%), eletrodomésticos (57%) e eletrônicos (50%). Segundo pesquisa do Google para a Black Friday 2020, 64% dos consumidores compram itens que gostam ou querem, ou seja, que não são necessidade básica, e 50% dizem que comprar online alivia o estresse e distrai. Ainda de acordo com o estudo, com o distanciamento social, os acessos mobile chegaram a 82% neste ano, em comparação com o ano passado, e o volume de buscas por produtos na internet já aumentou 110%, entre os meses de julho a agosto, o que já superou o número alcançado na data em 2019, mesmo com o cenário do retorno das lojas físicas.
Outras marcas e empresas levantaram dados de crescimento significativo nessa época, o que auxilia na retomada da economia do país. Veja:
A Synapcom, empresa que oferece gestão full service personalizada para e-commerces, projeta que o número de pedidos pode crescer 164,6% na data, em comparação com ano passado, e, segundo levantamento feito em sua base, os setores mais procurados serão tech e home (689,1%), consumo (131,6%), beleza e cuidados pessoais (85,5%) e vestuário (77,9%). Um estudo feito pela Corebiz, agência especializada em omnichannel, com grandes clientes de varejo e indústria de vários segmentos, avaliou o comportamento dos setores do varejo em sua base e constatou bons resultados. O segmento de cosméticos deve alcançar aumento de 25,5% em receita, se comparado à BF 2019, chegando a R$ 4 bi de faturamento. Já o segmento de moda terá aumento de 45% em receita, batendo R$ 9,5 bi. Para tecnologia, a estimativa é de aumento de 22% em receita, alcançando R$ 50 bi.
A FreeCô, primeira marca de bloqueadores de odores do Brasil, é um bom exemplo de marca com grandes expectativas, já que estima crescimento de 300% em vendas na BF, em relação ao ano passado, com os produtos FreeCô e Free Wipes. “O motivo desse otimismo é o aquecimento do comércio online em virtude da pandemia e do distanciamento social, além de iniciativas de comunicação digital que serão realizadas durante o mês de novembro”, comenta Guto Cunha, gerente de marketing da marca.
A Ozllo, marketplace de moda e acessórios, espera crescimento de 300% em vendas na BF, em relação ao ano passado. Segundo dados internos do Google, de julho a agosto de 2020, no top 5 em volume de cliques do setor estão os seguintes produtos: conjunto de moletom feminino (2897%); agasalho masculino (1830%); pantufa (949%); roupão feminino (847%) e blusa de frio masculina (740%).
Diante desses dados de compras, é necessário entender como será o comportamento do consumidor em relação aos pagamentos. O Google estima que 63% das pessoas escolherão o pagamento sem contato, para evitar o contágio pela Covid-19, e o segmento de pagamentos digitais representa 43% de penetração no consumo brasileiro.