FIDCs crescem como alternativa ao crédito privado

Dados do Martinelli Advogados comprovam que cresce a busca por orientação jurídica para estruturação de fundos de direitos creditórios

A entrada de novos agentes de crédito privado vem ganhando força no Brasil com o crescimento dos Fundos de Direitos Creditórios (FIDCs). Atualmente, a modernização das regras de fundos de investimentos e de FIDCs está em discussão na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). O prazo para conclusão da audiência pública termina neste mês e a expectativa é que a decisão da CVM impacte o mercado e aumente a concorrência de crédito privado.

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“A entrada em operação de novos FIDCs é um instrumento importante para a concorrência de crédito privado. Com mais dinheiro sendo ofertado, as taxas ficarão mais competitivas e os clientes terão chances de conseguir financiamento fora das grandes instituições financeiras”, comenta Walter Fritzke, economista e consultor especializado em finanças do Martinelli Advogados. Segundo Fritzke, o movimento atual favorece o amadurecimento do mercado de capitais no Brasil. Dados do Martinelli Advogados comprovam que a demanda por orientação jurídica para estruturação de FIDCs cresceu em 2021. “Em janeiro desde ano já estávamos no mesmo patamar do registrado durante todo o ano de 2020”, comenta o especialista.

Um desses exemplos é do FIDC Simocred, que entrou em operação em janeiro deste ano com uma oferta de crédito na casa dos R$ 5 milhões. O fundo visa adquirir recebíveis do Grupo Simonneto, que atua na venda de móveis planejados para ambientes residenciais e corporativos. “É o nosso primeiro cliente do setor moveleiro que enxerga o FIDC como uma opção para captar recursos. Isso só comprova o potencial dessa atividade. Praticamente todos os setores da economia podem se articular para ser um agente de crédito privado”, finaliza Fritzke.

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