Fundos de pensão somam patrimônio de R$ 982 bilhões, rentabilidade é positiva e sistema recupera níveis pré-pandemia

Informações foram divulgadas pela Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar

Os fundos de pensão tiveram desempenho positivo novamente em julho, com resultados semelhantes ou superiores aos registrados no período pré-pandemia. Os ativos das EFPCs (entidades fechadas de previdência complementar) somaram R$ 982 bilhões, equivalentes a 13,7% do PIB, retomando praticamente o nível anterior ao do impacto do coronavírus. As informações são do Consolidado Estatístico da Abrapp (Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar), que reúne os fundos de pensão.

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Outro dado que mostra a rápida recuperação do sistema é a rentabilidade acumulada pelos fundos de pensão nos primeiros sete meses do ano, cujo resultado foi de 1,83%, recuperando-se portanto da rentabilidade negativa registrada em março, de -6,3%. No mês de julho, a rentabilidade das EFPCs foi de 3,10%, em comparação à TJP de 0,92%.

Além disso, as EFPCs reduziram bastante o déficit líquido (superávit menos déficit) nos últimos meses. De acordo com o levantamento da Abrapp, esse resultado despencou para R$ 9,3 bilhões em julho, em comparação aos R$ 58 bilhões de março deste ano, quando a disseminação do coronavírus ganhou força no país.

Os planos instituídos (aqueles criados por entidades de classe e sindicatos, entre outros) continuaram a ter crescimento no período. O número de participantes nesses planos somou 552,4 mil em julho, mais que o dobro do registrado há 5 anos, quando esse total era de 250,3 mil pessoas.

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O presidente da Abrapp, Luis Ricardo Martins, comenta que o andamento de reformas como a da previdência e a tributária reforçam a transferência de responsabilidade de acumulação de capital do Estado para os indivíduos. “Com isso aumenta também o grau de conscientização, entretanto é necessária uma transformação nos produtos, de modo a incentivar a adesão aos produtos previdenciários complementares”, acrescenta. “O ano não será catastrófico. Iremos bater nossas metas atuariais e até mesmo superá-las”, estima Martins.

*Com informações de Tamer Comunicação.

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