Hipertensão atinge 30% dos brasileiros de 50 a 68 anos

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Geração Baby Boomers é a mais afetada pela doença, segundo estudo da SulAmérica

A hipertensão arterial, também conhecida por pressão alta, é uma doença crônica caracterizada pela tensão acima do normal exercida pelo sangue contra as paredes das artérias, lesionando a camada fina e delicada que recobre os vasos sanguíneos. Com o passar do tempo, esse movimento pode ocasionar o entupimento ou rompimento de um vaso, levando a complicações como insuficiência renal, infarto ou até derrame cerebral, conforme o órgão atingido. Para chamar a atenção da população para a gravidade da doença, instituiu-se o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial em 26 de abril. O desafio é grande: uma pesquisa recente da SulAmérica sobre hábitos de saúde dos brasileiros mostra que a pressão alta é a principal condição médica relatada pelas diferentes faixas etárias.

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O V Estudo Saúde Ativa – Gerações aponta a geração Baby Boomers, formada por adultos de 50 a 68 anos, como a mais hipertensa, acometendo 30,1% dos entrevistados. A diferença é significativa em relação aos demais grupos etários: a pressão alta atinge 11,8% dos adultos de 38 a 49 anos, 3,3% dos que estão entre 24 e 37 anos, e 0,9% do jovens de até 23 anos, compondo as gerações X, Y e Z, respectivamente. Outro dado que merece destaque é o percentual de pessoas que desconhecem ter o problema: 12% dos Baby Boomers que apresentaram medição elevada da pressão arterial declararam não possuir a doença.

Principal causa de mortes no mundo, o quadro de hipertensão geralmente está associado à hereditariedade ou a outras complicações médicas adquiridas em virtude de maus hábitos de saúde ao longo da vida, como obesidade, diabetes e colesterol. O V Estudo Saúde Ativa – Gerações apurou que as gerações mais jovens apresentam níveis preocupantes de estresse e sedentarismo, por exemplo, colocando em xeque o envelhecimento saudável desses grupos. A geração Y reúne os mais altos índices de estresse, que atinge 37,1% dos entrevistados, seguida pela geração Z, com 35,9%. Além disso, todos os grupos apresentaram elevados níveis de sedentarismo, entre 58,7% e 63,9%, com índices de inatividade superiores na chamada geração X.

Segundo o médico e superintendente de Gestão de Saúde Populacional da SulAmérica, Gentil Alves, o risco de hipertensão arterial pode ser reduzido com a adoção de hábitos saudáveis, como a prática regular de atividades físicas, uma alimentação equilibrada e a redução do estresse. “Medidas simples como reduzir o consumo de sal e de temperos industrializados, manter o organismo hidratado e caminhar 30 minutos por dia já contribuem para controlar a pressão. Acima de tudo, o acompanhamento médico, ainda que preventivo, é fundamental”, explica o especialista.

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A pesquisa realizada pela SulAmérica traça o perfil de saúde das gerações Z (até 23 anos), Y (de 24 a 37 anos), X (de 38 a 49 anos) e Baby Boomers (de 50 a 68 anos), trazendo o recorte de informações coletadas por meio de dados dos participantes do Saúde Ativa, um conjunto de programas focados em prevenção e promoção à saúde e qualidade de vida. Em sua quinta edição, o levantamento analisou 43.641 questionários respondidos por segurados de 262 empresas em 13 capitais do país, de 2010 a 2013. A amostra, composta por 40% de mulheres e 60% de homens, considerou fatores como estresse, sedentarismo, consumo de álcool, tabagismo e doenças relatadas.

*Com informações de CDI.

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