Indicadores econômicos e repercussão em seguros em debate na CNseg

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1º Webtec reúne Marcio Coriolano e os economistas Luiz Roberto Cunha e Pedro Simões

A estreia da série de webinars técnicos da Confederação Nacional das Seguradoras (WebTec), ocorrida nesta quinta-feira, 09, com moderação do presidente da CNseg, Marcio Coriolano; exposição do economista do Comitê de Estudos de Mercado da CNseg, Pedro Simões, e comentários do economista do professor de Economia e decano do Centro de Ciências Sociais da PUC-Rio, Luiz Roberto Cunha, deixou pelo menos uma certeza: não há qualquer garantia de que os sinais de recuperação da atividade econômica, exibidos em maio por vários indicadores locais ou globais, serão contínuos, perenes ou sustentáveis. Entre os propósitos, o webinar técnico teve o objetivo de fornecer novos elementos para posicionamento estratégico do setor de seguros, informou o Presidente da CNseg, Marcio Coriolano.

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Marcio Coriolano repetiu o prognóstico de um ano difícil para o setor segurador, atividade que está entre os maiores investidores institucionais, com R$ 1,1 trilhão em recursos que garantem os riscos e que representam 25% da dívida pública brasileira. Para ele, a recuperação da economia ocorrerá lentamente, e os segmentos de seguros deverão ter comportamento heterogêneo, acompanhando a retomada da produção, a taxa de ocupação e a renda dos trabalhadores, que, por sua vez, afetam os segmentos de forma diferente. Ainda durante o encontro, Marcio Coriolano, ao destacar a amplitude do seguro em termos de proteção oferecida à sociedade e de investidor institucional, ressaltou que o setor ainda não tem sua relevância plenamente no meio econômico. O setor, acrescentou, cumpre uma missão civilizatória de mitigar riscos e, na sua ocorrência, desonerar atores sociais e econômicos.

O economista Pedro Simões, que palestrou sobre o tema, apresentando amplo e diverso elenco de indicadores, disse acreditar que a flexibilização da quarentena horizontal em todo o mundo deve se consolidar, refletindo-se nos índices a curto prazo. Há uma onda de otimismo global, uma consequência do esgotamento econômico e psicossocial do shutdown, e, em razão disso, um certo consenso de que os processos de isolamento social não ocorrerão na proporção do primeiro semestre do ano. Para ele, os protocolos para evitar a proliferação do contágio e a crença de que a descoberta da vacina para a cura se avizinha estão por trás dessa percepção mais otimista dos mercados globais. De qualquer forma, o número de novos casos amplia-se, mas há um viés de estabilidade ou queda na taxa de óbitos, assinalou.

Entre outros comentários, o economista Luiz Roberto Cunha adiantou que, entre outros riscos, o endividamento público decorrente dos gastos públicos para mitigar os impactos da Covid-19 está no radar de todos os agentes econômicos, porque tem enorme potencial de gerar danos ao bom ambiente de negócios, dadas as fragilidades fiscais do governo.
Nos Estados Unidos, as despesas emergenciais contribuíram para elevar a poupança interna, algo próximo de 33% atualmente, e, à proporção que haja maior nível de confiança, tais recursos devem ser dirigidos ao consumo. No Brasil, também acredita-se que os recursos destinados a socorrer pessoas em situação de vulnerabilidade e trabalhadores contribuem para alguma reação apresentada em um pequeno grupo de atividades.

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