Inovação, tecnologia e mudança nas preferências do consumidor devem impactar na expansão econômica
Conclusão é de Ademar Schardong, palestrante do Almoço do Mercado Segurador do Rio Grande do Sul em setembro
Um dos fundadores do Sistema Sicredi, Ademar Schardong foi o palestrante do Almoço do Mercado Segurador do Rio Grande do Sul em setembro. O encontro é tradicionalmente promovido pelo Sindicato das Seguradoras do RS (SindSeg/RS) e foi realizado em novo local: a Associação Comercial de Porto Alegre.
Também presidente do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças até março deste ano, Schardong explicou aos repórteres do programa Seguro Sem Mistério na TV que a área econômica é “muito nervosa, todos os dias temos novidades e reunir pessoas para conversar a respeito do tema e também ouvir, e a partir daí, errar menos. Essa é uma das perspectivas do IBEF”, comentou.
Durante a apresentação, que contou com público atento, foram abordados “conjuntura internacional, desde o padrão ouro, e os efeitos que ciclos econômicos tiveram nas economias nos últimos anos. Outro ponto é como a economia global está reagindo e como o Brasil comportou-se durante esses ciclos e também a perspectiva econômica para os próximos anos”, explicou o especialista. Ademar Schardong ainda considera “como parte mais relevante entender como o mercado segurador e todos os outros irão encarar, daqui para frente, o seu crescimento. Temos a questão econômica, mas a mais representativa é o câmbio de modelo tecnológico de produção e também o câmbio de hábitos dos consumidores. É possível traçar também algumas conclusões, como o nosso País nunca ter integrado a economia global e optado por um modelo fechado. Hoje amargamos uma consequência muito desastrosa disso para a economia e não temos volta, isso precisa ser revisto e não é o Estado quem vai fazer é a sociedade e a iniciativa privada. Os mercados terão de se reinventar a partir da digitalização”, completou ao também abordar outras questões de sua trajetória profissional.
Sobre o mercado de seguros, o palestrante disse que é “preciso inovar neste segmento de prestação de serviços. Trata-se de algo muito ‘pesadão’ para a sociedade. [O seguro] precisa se reinventar para ficar mais leve, mais disponível e mais digital. Este é o desafio que o mercado segurador vai experimentar, pois não teremos um crescimento substancial de renda nos próximos 10 anos e teremos um crescimento mais gradual e relativo, por consequente, não haverá um boom de mercados novos e teremos de conquistar quem já está no mercado ou reconquistar. Isso passa por uma desconstrução dos processos dos modelos de negócios atuais que precisarão ser adaptados ao processo de digitalização e isso não requer apenas conhecimento”, encerrou.