Insurtech foca em mercado de seguros cyber para PMEs e famílias, avaliado em R$ 1,7 bilhão

Através da oferta de seguros por assinatura, a BLUECYBER planeja crescer no Brasil e expandir para América Latina

Com o crescimento de crimes e golpes pela internet, pequenas e médias empresas (PMEs), microempreendedores individuais (MEIs) e até mesmo famílias vêm buscando soluções para proteção digital. Atenta a esse mercado, com um potencial estimado em R$ 1,7 bilhão em 2025 no Brasil, algumas seguradoras têm buscado o apoio de insurtechs para desenvolver produtos que possam atender esses públicos.

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Entre as mais procuradas está a BLUECYBER, que oferece assistência e seguros por assinatura para proteção da vida digital 24 horas por dia. Com uma estratégia focada na oferta de um produto simples e automático, contratado 100% online, a empresa busca massificar a venda do seguro cibernético utilizando a tecnologia e inteligência de dados para parametrizar e atender as reais demandas e expectativas dos clientes.

No seguro para famílias, já em operação e com emissão pela Seguros SURA, em menos de cinco minutos o segurado realiza um diagnóstico e um plano personalizado, montado a partir de opções contra diversos ataques de vírus, hackers, cyberbullying, além de suportes e assistências para suas redes domésticas, computadores e consoles de games. Dependendo do pacote, o valor da assinatura mensal pode sair por menos de R$ 10 por mês. Já o produto para as empresas – que terá um portal específico – está em fase final de implementação.

“Nos espelhamos no modelo da Coalition, referência em ofertas de seguros cibernéticos para PMES nos EUA, que conta com mais de 160 mil clientes e que recebeu mais de US$ 770 milhões em aportes de investidores. De forma similar, nós também combinamos seguros e ferramentas de distribuição, precificação, subscrição e monitoramento para diminuir e evitar perdas financeiras decorrentes de incidentes cibernéticos”, explica Eduardo Rocha, co-founder da BLUECYBER.

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Atuando como uma MGA (Managing General Agent), todas as soluções são contratadas de forma automática e online, por meio de vários canais, mas sempre em parceria com seguradoras, corretores e resseguradoras. Por conta dessas características e da sua especialização, há uma crescente demanda pelos serviços da insurtech, não apenas no Brasil, mas também em outros países da América Latina.

“Hoje já contamos com vários parceiros, inclusive marcas globais, na construção das nossas ferramentas de precificação e monitoramento do risco cibernético. Recentemente, também começamos a discutir nossos métodos de análise com algumas das principais resseguradoras internacionais”, afirma Claudio Macedo, co-founder da BLUECYBER.

Segundo ele, o fato da empresa participar do Inovabra – o ecossistema de inovação do Bradesco – ajuda a potencializar as conexões com o que há de mais novo em tecnologia, dados e experiência do usuário. “Todo o projeto, do desenvolvimento até a preparação para comercialização leva em torno de 12 semanas, uma implementação muito mais rápida do que os normalmente 12 meses observados nos processos tradicionais”.

O executivo, inclusive, palestrará durante o CQCS Insurtech & Inovação, o maior evento de inovação em seguros da América Latina. No dia 25, às 15h10, ele debaterá o tema “Cyber Risks – como Lidar com esta Realidade?”. O painel contará também com a presença de Ana Rita Petraroli, diretora de Relacionamento com as Entidades Seguradoras e Resseguradoras e diretora-presidente da Petraroli Advogados Associados; e Thomaz Kastrup, sócio do escritório Mattos Filho Advogados.

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