Investimento estrangeiro na Bolsa de Valores brasileira cresce 112% em 2022, aponta Necton

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Em agosto o fluxo de capital acumulado no ano chegou a R$ 88,2 bilhões, contra R$ 41,5 bilhões no mesmo período de 2021

Um levantamento realizado pela equipe de research da Necton Investimentos, uma das principais corretoras do Brasil, ligada ao BTG/Pactual, aponta que os investimentos estrangeiros na Bolsa de Valores realizados em 2022 já representam mais que o dobro na comparação com o ano passado.

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Fruto do olhar atento do investidor estrangeiro devido à expectativa da desaceleração da economia global, e também do valor barato das empresas na bolsa brasileira, o valor injetado por capital estrangeiro no mercado de ações da B3 atingiu até 24 de agosto o valor de R$ 88,2 bilhões, um crescimento de 112% se comparado ao ano passado, quando o valor chegou a marca de R$ 41,5 bilhões. Segundo a corretora de valores, a cifra está distribuída em 19,1% em IPO (oferta inicial de ações) e follow on (ofertas subsequentes), e o restante, 80,9% no mercado secundário de ações.

Ainda de acordo com o levantamento, este é o terceiro ano consecutivo que o investimento estrangeiro traz resultados positivos na bolsa brasileira. Após ser impactado em 2018 e 2019, quando houve saldo negativo de R$ 4,8 e R$ 6,5 bilhões respectivamente, o volume de investimentos vindo do exterior ficou em 2020, primeiro ano da pandemia do Coronavírus, positivo em R$ 700 milhões e em 2021 saltou para R$ 41,5 bi entre janeiro a agosto.

Para José Navikas, analista da Necton, o valor demonstra o apetite do investidor estrangeiro, atrelado à situação global que favorece a entrada de valores do exterior na B3. “O investidor estrangeiro está atento a oportunidades de negócios mais atrativas e com um custo mais baixo na bolsa brasileira, que ainda está barata quando comparamos com as bolsas internacionais, além disso, o Brasil se mostra como uma das melhores opções entre os emergentes”, diz o analista.

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