Investir é alternativa de ganhos para idoso viver melhor no Brasil
Planejamento e continuidade nos investimentos é o caminho para chegar à maturidade com renda proveniente de reserva financeira
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que pessoas com 60 anos ou mais representam 14,7% da população. Em 2012, os idosos eram 11,3% da população.
Ao mesmo tempo em que o percentual de idosos cresce, o Brasil é o segundo pior país para se aposentar, perdendo somente para a Índia, apontam dados da empresa americana Natixis Investment Managers. A pesquisa abordou aspectos como saúde, finanças, qualidade de vida e bem-estar em 44 países para formar o ranking. Já o topo da lista dos melhores lugares para se aposentar inclui Noruega, Suíça, Islândia, Irlanda e Austrália.
Pensando em uma aposentadoria com mais conforto e tranquilidade, a melhor estratégia é iniciar um planejamento de investimentos o mais cedo possível. Análises demonstram que, iniciada aos 25 anos, a contribuição mensal para chegar aos 65 anos com renda vitalícia de R$ 8 mil/mês é de pouco mais de R$ 500, considerando um plano privado de previdência, por exemplo. Caso esse mesmo investimento comece a ser feito aos 55 anos, o aporte mensal sobe para R$ 10.300.
“Quando se fala em investimentos pensando na aposentadoria, a previdência privada é a primeira opção que vem à cabeça. Mas, existem outras que atendem os mais diversos públicos. Quem quer sair da previdência, pode optar por Tesouro Direto, CDBs, além de fundos de renda fixa. Essas opções costumam atender aos investidores mais conservadores e, geralmente, possuem uma boa rentabilidade”, explica Rafael Carmo, líder regional da XP no Rio Grande do Sul.
Para além do planejamento que antecede a aposentadoria, é importante continuar os investimentos ao longo dos anos, mesmo na maturidade. Hoje, o público com 60 anos ou mais representa 18% dos investidores brasileiros, conforme perfil traçado por pesquisa da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). O estudo mostra, ainda, que a poupança é preferida por 23% das pessoas.
“Ainda vemos muitas pessoas que investem em poupança ou em produtos não tão bem remunerados. Nossos times vêm atuando para apresentar aos clientes opções mais rentáveis, de acordo com o tipo de perfil de investidor. Mesmo na esfera dos investimentos conservadores, existem opções mais vantajosas”, observa o executivo.
O especialista ressalta que “um exemplo para melhor remuneração seria montar a carteira de forma diversificada, com parte do recurso investido em fundo imobiliário, para viver de renda de ‘aluguéis’, e parte aplicada no Tesouro Direto, que oferece rentabilidade a longo prazo. Ou, ainda, escolher títulos que pagam juros semestrais e usá-los para viver de renda.”