Lideranças do setor apontam necessidade de ajustes para implantação do Open Insurance

É o que avaliam representantes da CNseg, Fenacor e até mesmo da Susep, responsável pela regulamentação do processo

O Sistema de Seguros Aberto, o Open Insurance, tem previsão inicial de conclusão da implantação até o mês de junho de 2023. Entretanto, lideranças e executivos do setor apontam a necessidade de ajustes no calendário e esclarecimentos sobre alguns pontos que ainda não foram compreendidos pelos operadores do mercado segurador, como a chegada das Sociedades Iniciadoras de Serviço de Seguro (SISS), por exemplo.

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Essa é a avaliação de Dyogo Oliveira, Diretor-Presidente Executivo da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), e do Diretor-Presidente do Conselho Diretivo da CNseg, Roberto Santos. “O Open Insurance trata-se de uma aposta em algo que ainda não está muito claro. Recebemos um cronograma intenso a ser cumprido e ainda existem muitas dúvidas, como em relação a pressa para se fazer tudo isso. Precisamos entender melhor para construir coisas que venham a ser positivas para o setor e para o mercado. Com os atuais prazos não está bom”, diz o também CEO da Porto.

Já Dyogo lembra que 85% do mercado de seguros já cumpriu a etapa de desenvolvimento das Application Programming Interface (APIs) de produtos. “São 65 empresas com a obrigatoriedade de aderir ao Open Insurance – todas investindo centenas de milhões de reais neste processo. Alguns ajustes, como a obrigatoriedade para nichos que não possuem grande volume de emissão de apólices – como acontece com o Seguro de Responsabilidade Civil para empresas que atuam com energia nuclear, por exemplo -, são necessários”, afirma ao também sublinhar as dúvidas do ecossistema em relação às SISS. “Nenhuma empresa ainda se habilitou para atuar como Sociedade Iniciadora de Serviço em Seguro, justamente porque não há compreensão do papel deste agente na indústria”, completa.

As falas de Roberto Santos e Dyogo Oliveira estão em linha com os apontamentos realizados por demais lideranças do setor, como presidentes e executivos de diversas companhias seguradoras, Armando Vergilio (Presidente da Federação Nacional dos Corretores de Seguros – Fenacor) e Alexandre Camillo (Superintendente da Superintendência de Seguros Privados – Susep). Camillo, que lidera a Susep (responsável pela regulamentação do Open Insurance no País), já sinalizou em diversas ocasiões que o modelo e os prazos do Sistema de Seguros Aberto devem ser debatidos e reavaliados.

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