MAPFRE Investimentos: inflação tem leve aumento em setembro

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Por mais um mês, alimentos, gasolina e energia elétrica são principais fatores de influência no indicador

Será divulgado nesta semana o IPCA, principal indicador da inflação nacional. Nossa projeção para a divulgação é de aumento de apenas 0,04% em relação a agosto, quando a inflação aumentou 0,19%. Os principais itens que explicam a baixa inflação de outubro são: alimentos e bebidas, energia elétrica e combustíveis.

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É possível perceber resistência na deflação de alimentos. Portanto, a queda dos preços nessa categoria, da mesma forma que observado em agosto, continua presente em setembro, porém com menor intensidade. A reversão dos preços de alimentação é esperada somente em novembro. Um indicador que confirma essa tendência é o IPA agrícola (Índice de preço ao produtor agrícola), ou seja, os produtores rurais já sentem um aumento dos custos. É apenas uma questão de tempo para que essa situação seja repassada ao consumidor.

No final de agosto, a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) informou que, em setembro, a bandeira tarifária foi reduzida de vermelha (patamar 1) para amarela. Portanto, a inflação do mês passado inclui uma diminuição na conta de energia elétrica dos consumidores. Entretanto, na sexta-feira passada, a agência anunciou que a bandeira passa a vermelha (patamar 2) em outubro, superior à de agosto, portanto o aumento de preço na conta de luz será mais forte.

No início do mês passado, a Petrobras anunciou fortes aumentos no preço de combustíveis. Em uma semana o aumento acumulado chegou a 12%. Porém, fazendo o acompanhamento dos preços de gasolina (por conta dos reajustes praticamente diários da estatal), é perceptível ver que grande parte do efeito inflacionário divulgado foi diluído. Dos 12% de aumento de preço inicial, a projeção é que o aumento acumulado da gasolina seja de 2,5% no fechamento de setembro.

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A projeção acumulada para setembro é de 0,04%, principalmente por conta da continuação da deflação de alimentos e bebidas e alteração da bandeira tarifária de energia. Para 2017, nossa projeção acumulada é de 2,9%, com maior inflação inflacionária em novembro e dezembro.

O mercado internacional voltou a se animar e a romper máximas na semana passada. O principal motivo foi a proposta de reforma tributária do governo Trump, que reduz da tributação de empresas americanas de 35% para 20%, haverá também redução para pessoas físicas. Já no mercado brasileiro o movimento foi de queda de 1,45%, mas, no mês, a variação ficou positiva em 4,88%. O dólar por sua vez seguiu em trajetória de valorização frente as principais moedas, sendo cotado a R$ 3,1625.

A pequena queda do Ibovespa pode ser considerada como um movimento de realização de lucros, principalmente por ter atingido um topo histórico. O destaque negativo da semana ficou com as ações da Usiminas que registraram queda de 17,23%, reflexo da diminuição do preço do minério de ferro. O destaque positivo ficou com as ações da Via Varejo que subiram 5,38% na semana e 40,06% no mês. Existe grande expectativa em relação à melhora de resultados a serem apresentados.

No mercado de renda fixa local, a curva de juros segue em tendência de queda, principalmente nos vencimentos mais curtos da curva de juros futuros. Nem mesmo a divulgação da Aneel de que em outubro irá vigorar pela primeira vez a bandeira vermelha patamar 2 abalou o mercado. Os destaques da semana foram: Jan18 queda de 4 pontos; Jan19 queda de 1 ponto; Jan21 alta de 5 pontos; Jan23 alta de 8 pontos; Jan25 alta de 7 pontos.

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