Megale: Seguro é fundamental para pavimentar bom funcionamento dos mercados
Secretário de Indústria, Comércio e Inovação do Governo Federal participou do 8º Encontro do Resseguro
A mudança de mentalidade necessária para a expansão das cidades inteligentes e a agenda de desburocratização econômica pautaram a manhã do primeiro dia do 8º Encontro do Resseguro. O evento reúne mais de 700 especialistas no setor do Brasil e do exterior, no Rio de Janeiro.
Marcio Serôa de Araujo Coriolano, presidente da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), demonstrou otimismo em relação a recuperação da economia brasileira. “Isso representa expansão na capacidade de investimento, retomada do emprego e do desenvolvimento. Apresentamos propostas ao governo que representam nossa contribuição com a sociedade”, disse ao ressaltar os desafios para garantir a solvência de um setor que possui mais de R$ 1 trilhão em reservas técnicas.
Em entrevista exclusiva ao JRS, a Diretora de Relações de Consumo e Comunicação na CNseg, Solange Beatriz Palheiro, ressaltou a abertura do setor de seguros para a inovação. “Tudo isso surge para atender melhor os consumidores do mercado de seguros. O setor tem assumido uma posição de destaque na economia brasileira. Este é um evento prestigiado, sem dúvida”, acrescentou.
Painelista na abertura do evento, o Secretário de Indústria, Comércio e Inovação do Governo Federal, Caio Megale, demonstrou a importância do mercado segurador para reduzir os riscos para a economia. “Os setores de seguros e resseguros permitem que os mercados funcionem de forma mais eficiente. Este é um governo que acredita muito no funcionamento disso como um indutor da recuperação economia. Um setor de seguros e resseguros forte e bem regulamentado é fundamental para pavimentar este movimento. Nossa ideia não é tirar completamente as regulamentações. É importante que as agências regulatórias, de forma geral, acompanhem e garantam o bom funcionamento da economia. Mas acreditamos, em diversas áreas, que existe um excesso e isso precisa ser repensado para, como diz o presidente Bolsonaro, tirar o governo do ‘cangote’ das empresas e dos mercados”, declarou.
Segundo Megale, a reforma previdenciária irá abrir caminho para redução de gastos. “É muito difícil pensar numa racionalização tributária com tanta pressão nos gastos públicos. Por isso que a sequência tende a ser primeiro para o lado das despesas, como a reforma da Previdência e outras, para depois abordar o lado tributário. Embora a simplificação de tributos já possa acontecer”, explicou. De acordo com o secretário, governo construiu uma grande agenda para a economia brasileira retomar o rumo. “A indústria do seguro precisa expandir sua participação. O Brasil precisa voltar a crescer. Acredito que isso é muito importante. A Previdência é um grande gatilho, mas temos uma ampla agenda de melhoria regulatória e outras simplificações que também são importantes agora para o Brasil”, concluiu.
A cobertura especial do JRS no 8º Encontro do Resseguro do Rio de Janeiro 2019 tem o patrocínio especial de Icatu Seguros.