Melhora do humor no exterior poderá trazer certo alívio no câmbio e juros

O mercado amanhece nesta terça-feira com os olhares direcionados para as falas de dirigentes do Federal Reserve (FED), em semana que também saíra o relatório de empregos dos EUA, payroll, e poderá ajudar os investidores a alinhas suas expectativas quanto ao futuro da política monetária americana. Por aqui o destaque fica na divulgação do IGP-M de agosto, no resultado primário do Governo Central em julho e nas falas de Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central.

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C Josias & Ferrer no JRS

No mercado local devemos experimentar certo alívio em função da melhora de humor no exterior e também da queda do índice DXY, que relaciona o dólar com as seis principais divisas, o que pode ajudar tanto o Ibovespa quanto os mercados de juros e o câmbio. O mercado também deve repercutir o IGP-M que apresentou uma deflação maior do que o esperado, o que também soma certa pressão para queda nos juros futuros e, por consequência, gera uma pressão para alta do dólar ante o real. Além disso, falas de Campos Neto e de dirigentes do FED ficam no radar, e podem movimentar os mercados de juros e câmbio, contudo, em véspera de formação da Ptax de agosto, o dólar deve permanecer com alta volatilidade.

No exterior os contratos futuros de petróleo negociam em queda, porém com grande volatilidade, em cenário de possível redução de oferta da commodity pela Opep+. Já em Nova York os índices futuros acionários operam no positivo, indicando possível recuperação nos mercados à vista. O mercado internacional acompanha, além das falas dos dirigentes do FED, o índice de confiança do consumidor americano, que caso venha acima do esperado deve sinalizar uma economia aquecida, e com isso, as preocupações com inflação poderão motivar ainda mais novas altas nos juros, o que deve pressionar uma alta do dólar ante o real. Outrossim os investidores globais olham também para as ofertas de empregos JOLTs nos EUA, que poderá servir para alinhar as expectativas em relação ao payroll, que sai na sexta-feira. Este indicador, caso venha acima do esperado, também indica uma economia aquecida, e também poderá pressionar uma alta do dólar ante o real. Por fim, as bolsas asiáticas fecharam majoritariamente no vermelho nesta terça-feira, repercutindo ainda o discurso de Jerome Powell, presidente do FED, em que sinalizou a continuidade na alta dos juros americanos.

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