Mercado está bastante desafiador e reflete piora da economia, diz Porto Seguro

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Companhia anunciou, na última terça-feira, lucro líquido no critério com business combination de R$ 238,5 milhões no primeiro trimestre de 2016

O mercado de seguros está “bastante desafiador” e a piora da economia brasileira tem se refletido no segmento, de acordo com o presidente da Porto Seguro, Fábio Luchetti. “O mercado de seguros cresce a taxas mais baixas que as vistas nos últimos anos, mas como a penetração do segmento permanece baixa, cerca de 4% do Produto Interno Bruto (PIB), há oportunidades tanto em áreas tradicionais como em nichos e regiões específicas”, avaliou ele, em teleconferência com analistas e investidores, na manhã desta quinta-feira, 5.

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De acordo com Luchetti, mesmo nos produtos mais desenvolvidos, a penetração de seguros não passa dos 30%. O executivo disse ainda que, apesar do ambiente difícil, as receitas da Porto Seguro evoluíram e a companhia ainda teve aumento de lucratividade.

A Porto Seguro anunciou, na última terça-feira, lucro líquido no critério com business combination – que considera o valor de todo o intangível (marca, canal de distribuição) com o Itaú Unibanco – de R$ 238,5 milhões no primeiro trimestre de 2016, o que representa uma alta de 4,1% na comparação com o mesmo período de 2015. O lucro líquido sem business combination teve a mesma variação, de 4,1%, alcançando R$ 240,4 milhões.

As receitas totais da Porto Seguro somaram R$ 4,018 bilhões no primeiro trimestre, aumento de 4,5% em relação ao mesmo período do ano passado.

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Seguro popular

O seguro popular não será viabilizado caso não sejam feitos ajustes na circular que regula o segmento, segundo o presidente da Porto Seguro. Ele explicou, contudo, que a Superintendência de Seguros Privados (Susep) está conversando com o mercado e novidades a respeito são esperadas para o segundo semestre deste ano.

“No formato que está é muito difícil. O mercado não está satisfeito. Após alguns ajustes desta circular, aí sim é que vai proporcionar ter expectativa desse mercado. O ajuste é necessário. Do contrário, não vai se viabilizar”, afirmou Luchetti, sem dar mais detalhes.

A Susep divulgou as regras e os critérios para a operação do Seguro Auto Popular no Brasil, por meio da Resolução nº 336 do Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP), no mês passado. A expectativa da Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais (Cnseg) é de que a implementação da norma represente, no futuro, a possibilidade de suprir um mercado potencial de cerca de 20 milhões de veículos entre carros, motocicletas, ônibus e caminhões, com idades entre cinco e 20 anos de uso, que circulam sem seguro.

*Informações de IstoÉDinheiro.

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