Mercados realizam em dia de divulgação de inflação nos EUA e monitoram guerra no leste europeu

Confira boletim de Matheus Jaconeli, analista de investimentos da Nova Futura Investimentos

Os mercados europeus fecharam o pregão em alta na tarde de ontem (09). O dia foi de menor aversão ao risco, com a possibilidade de cessar-fogo por parte da Rússia, após a porta-voz do ministério das relações exteriores da Rússia, Maria Zakharova, informar que que os objetivos de Moscou não vão depor o governo de Zelensky e tampouco destruir o Estado Ucraniano. Por outro lado, o presidente ucraniano se mostrou avesso à aderência à Otan e também falou de concessões para ter acordo com os russos. Londres teve alta de 3,25%. Frankfurt subiu 7,925%. Paris avançou 7,13%. Milão ganhou 6,95%. Na Península Ibérica, Madri e Lisboa subiram 4,88% e 2,35%, respectivamente.

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A melhora das expectativas em relação ao conflito russo-ucraniano e o dia de tomada pelo risco também contribuíram para a alta das bolsas em Nova York, fazendo com que o mercado recuperasse parcialmente as perdas dos últimos pregões. O índice Dow Jones subiu 2,00%, a 33.286,25 pontos. O S&P 500 ganhou 2,57%, a 4.277,88 pontos. E o Nasdaq teve alta de 3,59%, a 13.255,55 pontos.

No Brasil, o Ibovespa fechou com alta de 2,43%, cotado a 113.900 pontos. O mercado brasileiro foi influenciado pelo movimento externo de possibilidade de melhora em relação à questão russo-ucraniana e, mesmo com a queda das commodities, especialmente do petróleo, as companhias de setores cíclicos e bancos foram destaques na ponta positiva, em meio ao apetite pelo risco dos investidores. Internamente, a notícia negativa foi a produção industrial caindo acima do esperado em janeiro (-2,4%). E, pelo lado positivo, a fala de Guedes sobre a não interferência nos preços de combustíveis também foi bem recebida pelos investidores.

Para hoje (10 de março):

Os mercados asiáticos seguiram o movimento de alta de seus pares ocidentais no pregão desta madrugada (10), devido à possibilidade de um fim menos conturbado para a guerra no leste europeu. O Nikkei teve alta de 3,94%. Em Seul, o avanço foi de 2,21%. Hong Kong teve alta da 1,27% e Taiwan ganhou 2,46%. Na China continental, o Xangai Composto e o Shenzhen tiveram avanço de 1,22% e 2,12%, respectivamente.

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O minério de ferro negociado na bolsa de Dalian teve queda de 3,24%, a 807,50 iuanes, o equivalente a US$ 127,70.

Em Nova York, os índices futuros apontam para uma realização, devido aos anúncios de bombardeio russo a cidades ucranianas. O ponto sensível foi o ataque de um hospital infantil em Mariupol. Contra os EUA, o Kremlin acusa as autoridades americanas de iniciarem uma guerra econômica contra a Rússia. Na agenda econômica, os investidores monitorarão os dados de inflação.

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Os mercados europeus também começam o dia cedendo, de olho nos possíveis avanços na questão russo-ucraniana e na decisão de política monetária da Zona do Euro.

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No Brasil, após dados frustrantes da produção industrial, o mercado aguarda os números de vendas no varejo, com expectativas de melhora, e o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

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A recuperação dos preços do petróleo e a fala de Guedes, bem recebida pelo mercado ontem, podem ajudar as companhias do setor, como Petrobras (PETR4; PETR3) e PetroRio (PRIO3).

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