Na mira do crime
Roubos e furtos impactam diretamente no ramo de seguros automotivos
EDITORIAL – Imagine que você pode caminhar pelas ruas de sua cidade livremente, sem nenhuma preocupação com roubos, sequestros e latrocínios. Parece um exercício bem difícil, afinal, acabamos aceitando as grades que nos rodeiam. O verdadeiro presídio de segurança máxima em que nossas residências foram obrigadas a se transformar tornou-se comum, banal.
Partimos deste pressuposto para falar de um dos assuntos mais importantes da sociedade contemporânea: segurança pública. A análise precisa ser muito mais profunda do que a realizada pelo senso comum. Precisamos avançar nas discussões para tornar as ações preventivas mais efetivas e isso exige um empenho geral da sociedade. Passa, acima de tudo, por educação e um maior incentivo do Estado a políticas que incentivem o jovem empreendedor, a prática esportiva e tantas outras que garantem uma juventude saudável e longe da criminalidade.
Nossos políticos lutaram para desarmar a população, no entanto, seguem rodeados de seguranças armados até os dentes. E os bandidos. Quando serão desarmados? A resposta é óbvia. Provavelmente, nunca. Talvez, tenha chegado a hora de pensarmos em outra abordagem para derrotar o crime organizado.
A corrupção está intrínseca em nossa sociedade. Armas são desviadas das corporações. As fronteiras desprotegidas, falta estrutura para um maior controle do que entra e sai do Brasil. E claro que as pessoas são as maiores prejudicadas, mais uma vez, pelo excesso de intervenção dos comandantes da Nação.
Esta abordagem inicial tem relação direta com o assunto tratado em nossa matéria principal da edição deste mês. Falamos especificamente sobre o roubo e furto de veículos, além de como isso afeta o mercado e o consumidor de seguros.
Os tempos atuais exigem flexibilidade, pensamentos para o futuro e reflexões que integrem a sociedade em geral nesta difícil etapa de tomada de decisões: combatemos o crime de modo inteligente ou seremos totalmente dominados pelos criminosos de arma em punho e de colarinho branco.
Somos um grande país, mas as coisas insistem em não funcionar de maneira adequada e planejada. Cobre constantemente seu parlamentar nas casas representativas. Vereadores, prefeitos, deputados, senadores, governadores e o presidente da República devem ser cobrados por isso. O dinheiro existe, basta usá-lo com inteligência, com projetos efetivos e que visem o benefício coletivo, ao contrário do que é praticado por muitos dos profissionais da “profissão mais honesta do mundo”.
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