Newton Queiroz: O que podemos esperar das ‘Seguradoras Digitais’?
Confira artigo do colunista do JRS e especialista em seguros, Newton Queiroz
Com a onda de Insurtechs e adição do Sandbox feito pela Superintendência de Seguros Privados (Susep), uma serie de novas empresas nasceram. Algumas delas são seguradoras que veem com “uma pegada totalmente digital” como muitos citam.
Agora – o que esperar delas? O que realmente significa ser uma seguradora digital? Seria atender o cliente de começo ao fim via um aplicativo? No processo de contratação? E quando o corretor ou cliente quiser falar diretamente com algum responsável?
Um dos grandes desafios das seguradoras “tradicionais” em tornarem-se mais digitais são questões de sistemas de backoffice – conhecido como legado. Ou seja, como a base da seguradora esta construída em cima de um sistema X, qualquer integração faz necessário que o sistema consiga efetuar tal tarefa ou que a seguradora mude completamente o seu backoffice para outro modelo.
A opção de mudar de sistema traz dois grandes desafios:
- Ter o orçamento necessário porque as soluções não são baratas;
- Ter um sistema que atenda totalmente os módulos que a seguradora necessita em um tempo razoável.
Claro, aqui não estou mencionando o fato de ter que ficar operando com dois sistemas durante pelo menos 12 meses até conseguir efetuar uma migração. E tudo isso seria efetuado para que as integrações sejam melhores que as atuais – de modo a facilitar a jornada do cliente.
Por isso da pergunta do início – de como as novas seguradoras digitais irão operar e quais sistemas irão utilizar. Sou um entusiasta de soluções como seguradoras digitais pois, vejo com ótimos olhos tudo que possa melhorar a jornada do cliente.
Até agora, tudo que vimos, escutamos e vimos dessas empresas tem sido positivo e isso me deixa bastante entusiasmado. O que gostaria de entender é se estas empresas irão oferecer soluções tradicionais (necessárias no mercado), mas com essa forma inovadora. Enxergo que o maior desafio seja custo e a falta de mão de obra especializada – como empresas de Tecnologia da Informação que conheçam nossa indústria e possuam profissionais disponíveis.
Estarei, assim como a grande maioria do mercado, atento para ver o desenvolvimento dessas empresas e, claro, torcendo para o sucesso de todas.