Nova regulamentação e tecnologia permitem que fintechs atuem no mercado de câmbio

Solução tecnológica da RTM facilita conexão de startups à rede global de movimentações financeiras

Novas medidas na regulamentação de câmbio e transferências internacionais anunciadas pelo Banco Central e pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) impactam principalmente as instituições de pagamento que ofertam serviços digitais e fintechs, que estão autorizadas a realizar operações como pagamentos internacionais. As startups financeiras cresceram 56% no último ano, de acordo com dados do FinTech Report 2021, do Distrito, somando mais de 1150 negócios no Brasil. Diante da necessidade de adaptar a infraestrutura tecnológica para operar no ramo, surgem alternativas para que os pequenos negócios se mantenham competitivos, entregando aos clientes os mesmos serviços e produtos de instituições tradicionais.

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Buscando soluções para atender essa nova demanda, a RTM, principal hub integrador do mercado financeiro, oferece uma estrutura compartilhada para conexão à rede global de movimentações financeiras entre instituições de diferentes países. A chamada Society for Worldwide Interbank Financial Telecommunication (Swift) é um caminho altamente seguro, e por isso mais conhecido, para realizar transferências internacionais.

“Gerenciar esse acesso à rede por conta própria, configurando software e uma infraestrutura específica pode ser bem custoso, inviabilizando a contratação, e por consequência a operação, de pequenas instituições financeiras”, explica Adriane dos Santos Rêgo, Diretora Comercial e de Produtos da RTM. A empresa tem como sócias a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (ANBIMA) e da bolsa de valores brasileira, B3. “Para contornar essa situação e proporcionar o crescimento e desenvolvimento do mercado financeiro brasileiro, disponibilizamos a solução Swift Bureau, que visa reduzir custos e ampliar o acesso”, complementa Adriane.

As regras trazidas pelas resoluções CMN nº 4.942 e BCB nº 137 favorecem principalmente as instituições de pagamento que ofertam serviços digitais e as fintechs, que passaram a ter autorização para atuar no mercado de câmbio, porém de forma exclusivamente eletrônica. Isso quer dizer que elas não podem entregar ou receber dinheiro em espécie. As novas regras impactam também instituições não bancárias, como corretoras e distribuidoras de títulos e valores mobiliários e corretoras de câmbio. É permitido a elas realizarem pagamentos e transferências internacionais em moeda estrangeira, utilizando suas contas do exterior.

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“Para fazer estas movimentações, no entanto, é necessário que as empresas contem com uma infraestrutura tecnológica adequada a fim de que a comunicação ocorra de modo ágil e seguro”, reforça Adriane. O Swift Bureau fornece toda a infraestrutura de hardware, sistemas, conectividade e software, eliminando a necessidade de investimentos extras. Além disso, garante estrutura redundante, com sites localizados em São Paulo e no Rio de Janeiro, e suporte certificado em português. Atualmente, o produto atende mais de 30 instituições.

A abertura do mercado de câmbio para as startups financeiras amplia as possibilidades de atuação desses negócios, que estão em crescimento acelerado. De acordo com a Sling Hub, o setor arrecadou US$ 3,8 bilhões em 2021, o que representa quase 40% do montante total do ano. A plataforma ainda aponta que houve aumento de 153% em relação a 2020 e projeta que, se as fintechs apresentarem o mesmo crescimento em 2022, o volume investido no setor pode chegar a US$ 29,4 bilhões.

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