OCDE prevê crescimento pífio da economia mundial

Comércio exterior desacelerado afeta resultado. Para Brasil, ritmo da recessão é suavizado

Uma provável estagnação do comércio mundial deverá enfraquecer o ritmo de crescimento da economia global, com taxas que não eram vistas desde a crise financeira de 2008. O alerta foi feito nesta quarta-feira pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), ao atualizar suas projeções econômicas. Segundo a entidade sediada em Paris, a economia mundial deverá apresentar uma expansão de 2,9% este ano, contra estimativa anterior de 3% divulgada em junho. Esta é a taxa mais fraca desde a crise financeira de 2008/2009.

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O Brasil, curiosamente, aparece um pouco melhor nessa nova estimativa: queda de 3,3% neste ano, em vez dos 4,3% esperados anteriormente. A estimativa para 2017 é ainda melhor: retrocesso de 0,3%, abaixo do 1,7% da pesquisa passada. A China, no entendimento da OCDE, está na raiz da nova dinâmica do comércio global. Sua política de fortalecer o consumo interno, em lugar de uma economia orientada excessivamente para as exportações, começa a afetar muitas empresas multinacionais, desacelerando a produção de diversas unidades estruturadas em várias partes do mundo. Acrescente-se ao problema a reação contra a liberação do comércio mundial e a recessão enfrentada pelos grandes países produtores de commodities.

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