Operações deflagradas no Brasil e nos EUA soam alerta para golpes digitais
Consultor Alex Silva dá dicas para investidores não caírem em armadilhas
O universo de criptomoedas tem despertado o interesse de muitos que querem fazer fortuna com as moedas digitais. Investigações como a Operação Egypto, deflagrada pela Polícia Federal junto com a Receita Federal, e a que fora feita, no mesmo dia, pela Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos, porém, acenderam o alerta vermelho de que promessas de ganhos exorbitantes devem ser analisadas com cautela.
“Existem, hoje, cerca de 300 corretoras mundiais de criptomoedas e mais de 20% não são confiáveis”, diz o consultor Alex Silva. Por isso, antes de quebrar o cofrinho e mergulhar de cabeça, é preciso analisar bem as possibilidades – e a lucratividade. Confira as 5 dicas para que investidores leigos e experientes não caiam em armadilhas.
Altos rendimentos
O primeiro cuidado é desconfiar de promessas de ganhos exponenciais. “Toda cautela é pouca. Por mais que seja um segmento lucrativo, garantir um retorno de 10% ao dia, por exemplo, é algo presunçoso”, alerta o especialista. Ofertas que envolvam marketing multinível também devem ser analisadas com um olhar atento, pois a maioria é disfarce de pirâmide – uma prática fraudulenta.
Pesquise se a empresa é confiável
A cada dia nascem mais e mais companhias nesse segmento em todo o mundo. É fundamental averiguar se há registro de hospedagem do site no país de origem, o que dá certa credibilidade à corretora. E, apesar de ser um mercado de atuação digital, é importante a existência de uma estrutura física. “Mesmo que seja uma sede enxuta, o investidor precisa ter a segurança de contar com, no mínimo, uma central de atendimento para contatar em caso de dúvidas”, diz Alex.
Comece com voos baixos
O ideal é começar devagar nas primeiras negociações, para sentir como é o retorno e ter mais segurança para um aporte mais robusto. Com R$ 400 já é possível fazer uma operação e analisar os resultados para depois realizar transações mais arrojadas. A indicação de empresas por amigos é uma boa pedida, por garantir maior confiabilidade.
Peso do lastro
A criptomoeda tem de ter um lastro para uma possível devolução do capital investido. “Empresas idôneas oferecem, em contrato, algum tipo de garantia em porcentagem para devolução do dinheiro caso ocorra algum problema”, reforça o consultor. O investidor deve avaliar em quais ele confia mais, se no mercado imobiliário ou em pedras preciosas, por exemplo.
Consulte um especialista
Mais do que acompanhar as notícias e fóruns de discussão, é recomendado contar com um assessor de investimentos especializado em finanças digitais, para auxiliar na escolha das estratégias mais adequadas de compra e venda. “É preciso entender as criptomoedas – até porque existem, hoje, mais de três mil ativos digitais no mundo, incluindo bitcoin, altcoins, stablecoins e tokens, e de blockchain, a infraestrutura que garante a segurança das transações”, conta Alex.