Os diferenciais por trás do transporte de combustíveis
Apenas em 2019, 140 bilhões de litros de combustíveis foram vendidos no mercado brasileiro, e a maior parte de toda a logística de combustíveis do país é realizada pelo sistema rodoviário
De acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), em 2019, 140 bilhões de litros de combustíveis foram vendidos no mercado brasileiro. O volume representou um aumento de 2,89% na comparação com 2018, quando foram comercializados 136 bilhões de litros. Porém, antes mesmo de os combustíveis estarem disponíveis para consumo, eles passam por um longo e minucioso processo de transporte. A maior parte de toda a logística de combustíveis no Brasil é realizada pelo sistema rodoviário, portanto uma alta porcentagem da gasolina, etanol e diesel que abastecem os veículos dos brasileiros é transportada por caminhões.
Segundo Joyce Bessa, head de gestão estratégica, finanças e pessoas da TransJordano, transportadora especializada no transporte de combustíveis, “até chegar ao destino, os combustíveis passam por diversos processos. Da refinaria, eles são transportados para distribuidores, que dispõem das bases primárias e secundárias para a armazenagem desses produtos, que são então transportados até o consumidor final”.
O transporte de produtos perigosos, categoria a que pertencem os combustíveis, tem uma série de diferenciais quando comparado ao transporte rodoviário de cargas tradicional. Um deles é o MOPP, ou Movimentação e Operação de Produtos Perigosos, curso específico obrigatório para os motoristas que transportam esse tipo de produto.
Além desse diferencial, o transporte de combustíveis requer uma série de certificados. De acordo com a executiva, os mais comuns são o Certificado para o Transporte de Produtos Perigosos (CTPP), o Certificado de Inspeção Veicular (CIV) e o Certificado de Inspeção para o Transporte de Produtos Perigosos (CIPP).
Outra diferença marcante são as formas de cargas. O transporte a granel é indicado para produtos líquidos, como os combustíveis, e a fracionada é indicada para embalagens, contentores intermediários para granel (IBCs), embalagens grandes, tanques portáteis e contentores de múltiplos elementos para gás (MEGCs).
Para que todo esse transporte seja feito de forma segura e adequada, o embarcador precisa utilizar o caminhão correto. “Na TransJordano, usamos os equipamentos bitrem e rodotrem (mais conhecido como nove eixos) para aumentar a nossa capacidade de transportes, mas além desses existem caminhões-tanque, baú, basculante, sider e porta-contêiner. As opções variam de acordo com o produto transportado”, finaliza Bessa.