Pacientes evitam hospitais por medo do Coronavírus

Muitas pessoas passaram a consumir cuidados de saúde através de plataformas digitais

No ano da pandemia, a dinâmica do trânsito de pacientes nos hospitais tem apresentado uma queda bastante significativa. Prova disso são os corredores cada vez mais vazios. As pessoas estão evitando, ao máximo, irem às unidades de saúde, exceto nos casos emergenciais. Esse comportamento pode ser atribuído, em alguns casos, ao medo de contaminação pelo Coronavírus no ambiente hospitalar.

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Pesquisadores do Sound Physicians, um grupo médico composto por quase quatro mil médicos especializados em medicina hospitalar, do Instituto de Dartmouth, nos Estados Unidos, reuniram dados de internações de mais de 200 hospitais em 36 estados norte-americanos, entre fevereiro e julho de 2020, e compararam com o mesmo período do ano passado. Foi descoberto que em meados de abril de 2020 as internações decorrentes de enfermidades que não-Covid caíram quase pela metade em comparação com ano anterior.

Segundo os especialistas, as pessoas passaram a adoecer menos devido aos novos hábitos adotados, como a higienização constante das mãos, o distanciamento social e a significativa melhora na qualidade do ar devido à baixa circulação de automóveis gerada pelo lockdown, o que as levou a procurar clínicas hospitalares apenas em situações emergenciais. “O uso de máscaras e a frequente higienização das mãos já contribuem significativamente para a redução da transmissão de outros vírus e bactérias responsáveis por resfriados, por exemplo. Some-se a isso o fato de que as pessoas não estão mais se abraçando com tanta frequência ou apertando as mãos como antes.”, explica a especialista em saúde da Suprevida, Juliana Gonçalves.

Esse cenário, gerado pela pandemia, fez com que até os mais resistes às inovações tecnológicas descobrissem os benefícios e a praticidade do consumo de produtos e serviços pela internet: pagamento de contas, mercado, refeições e até consultas online com a modalidade inovadora da telemedicina. Esse empoderamento do consumidor com as plataformas digitais também possibilitou sua emancipação como paciente: “Está havendo um movimento de empoderamento do paciente, no qual as pessoas estão realizando os cuidados de saúde em casa, se cuidando melhor e tendo maior qualidade de vida por meio de acesso a produtos e informações online”, afirma Rodrigo Correia da Silva, especialista no mercado de saúde e CEO da Startup Suprevida.

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A Health Tech Suprevida é um exemplo de empresa, que, ao oferecer, por meio de sua plataforma, conveniência aos consumidores que necessitam de cuidados com a saúde, está sentindo os efeitos diretos de sua modalidade de atuação no período da pandemia. A empresa mantém, mensalmente, um crescimento médio de valor transacionado de 30% desde o final da fase beta, em abril do ano passado. No período do início da pandemia (em março), esse valor subiu para 60% e chegou a triplicar sua equipe para o atendimento aos clientes. Além disso, a Suprevida iniciou algumas parcerias com outras startups para concentrar serviços online de saúde e bem-estar em sua plataforma, como acompanhamento digital nutricional e físico, transporte especializado para pessoas idosas e acompanhamento em consultas médicas e compras em supermercados, além de atendimento com psicólogos de diversas especialidades, que dão suporte aos pacientes de acordo com o momento atual da vida de cada um.

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