Portabilidade é alternativa para manter plano de saúde

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Administradoras de benefícios dão suporte a consumidores em busca de opções

A taxa de desemprego subiu para 14,7% no primeiro trimestre de 2021 e atingiu o recorde de 14,8 milhões de brasileiros. Com isso, muitas famílias precisaram reavaliar prioridades e ajustar o orçamento. No caso dos planos de saúde, a opção de portabilidade foi essencial para que milhares de pessoas mantivessem o benefício. Isso, porque a medida garante a mudança de contrato, com aproveitamento das carências já cumpridas – uma oportunidade para o consumidor migrar para um plano que caiba no bolso, sem o ônus de esperar novamente para ter acesso aos serviços.

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Segundo dados oficiais da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), as consultas de usuários sobre como trocar de plano de saúde bateram recorde em 2021, com mais de 122 mil registros entre janeiro e abril, 50% a mais do que no ano anterior.

Para ser colocada em prática, a portabilidade prevê certos requisitos e envolve procedimentos como envio de uma lista de documentos, que inclui comprovantes de pagamento de mensalidades, de prazo e permanência, além de relatório de compatibilidade entre planos de origem e de destino. Para facilitar esse processo, o consumidor também pode buscar o suporte de uma administradora de benefícios, responsável por avaliar as melhores oportunidades de acordo com o seu perfil, e pelos trâmites burocráticos da contratação.

“As administradoras de benefícios possuem um leque variado de opções e por isso conseguem oferecer produtos que se adequam às necessidades do cliente, com maior poder de negociação junto às operadoras, já que representam um número grande de contratos”, explica Alessandro Acayaba de Toledo, advogado especializado em direito na saúde e presidente da Associação Nacional das Administradoras de Benefícios (ANAB).

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A portabilidade foi uma saída para a aposentada Salua Assad Abirad, que conseguiu reduzir quase pela metade o valor investido no plano de saúde, após buscar o suporte da administradora de benefícios Qualicorp. “Hoje, o plano de saúde é a minha prioridade, mas estava muito caro. Estou muito contente com a mudança, porque eu pagava a mais por alguns serviços que eu nem utilizava e que não fazem diferença para mim”, argumenta.

Desde o início da pandemia, foram criados mais de 35 portfólios de produtos para atender às diferentes demandas, tanto dos beneficiários que buscam por alternativas que caibam no orçamento, quanto para as pessoas que ainda não têm um plano. A redução dos valores é possível, principalmente, pela oferta de redes credenciadas de alcance regional, com foco em necessidades locais; e também por parcerias com operadoras verticalizadas, que possuem seus próprios locais de atendimento ao paciente.

Confira algumas dicas para fazer a portabilidade do seu plano:

1º passo: verifique se você cumpre os requisitos necessários

  • O plano deve ter sido contratado após 1º de janeiro de 1999 ou adaptado à Lei dos Planos de Saúde;
  • O contrato deve estar ativo;
  • O beneficiário precisa estar em dia com as mensalidades;
  • O beneficiário deve cumprir o prazo mínimo de permanência no plano.

2º passo: consulte uma administradora de benefícios para identificar quais planos são compatíveis com o seu perfil.

3º passo: solicite a proposta de adesão para a operadora do plano de destino.

4º passo: a operadora tem 10 dias para responder à sua solicitação.

5º passo: informe a operadora de origem (com quem você tem o contrato) sobre a portabilidade e solicite o cancelamento em até 5 dias do início de vigência do novo plano.

O papel das administradoras de benefícios

A ANAB representa as empresas que fazem a gestão e comercialização de planos de saúde coletivos, aquela em que o benefício é vinculado a alguma empresa ou entidade de classe a que o consumidor pertença. De acordo com a ANS, há 168 administradoras de benefícios cadastradas no país.

Levantamento da ANAB aponta que, nos últimos 8 anos, quem tinha uma administradora de benefícios na gestão do plano de saúde pagou R$ 6 bilhões a menos de reajuste das operadoras. Esse valor representa a diferença entre o pedido pelas operadoras para o reajuste anual e o efetivamente cobrado dos clientes das administradoras de benefícios após a atuação dessas empresas na negociação em prol dos consumidores. Uma redução de 54%, o que gera uma economia mensal por beneficiário de R$ 131.

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