Preço do aluguel residencial sobe 4,10% em 2019
De acordo com pesquisa realizada pelo Secovi-SP, no acumulado do ano houve aumento
A Pesquisa de Valores de Locação Residencial do Secovi-SP (Sindicato da Habitação) registrou alta de 4,10% no acumulado do ano (janeiro a dezembro de 2019). Apesar da alta nos 12 meses, o preço dos aluguéis ficou abaixo do IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado), da Fundação Getúlio Vargas, que registrou variação de 7,30% neste mesmo período. Ainda segundo o Secovi-SP, em dezembro, o aluguel apresentou variação de 0,20%.
Na análise por número de dormitórios, os imóveis de 3 quartos apresentaram alta de 0,55% em dezembro, seguidos pelas unidades de 1 dormitório com aumento nos aluguéis de 0,25%. Já os imóveis de 2 quartos ficaram estáveis no mês de dezembro.
Para Adriano Sartori, vice-presidente de Gestão Patrimonial e Locação do Secovi-SP, a recuperação do mercado de locação residencial em 2019 reflete a volta da confiança do investidor na macroeconomia. “O mercado está confiante na retomada da economia e tem reajustado, ainda que abaixo dos índices de inflação, o preço do aluguel, objetivando uma recuperação. A prática é legítima, porque grande parte dos donos de imóveis para locação são pequenos investidores, que complementam a renda familiar ou a aposentadoria”, analisa Sartori.
VARIAÇÃO DO VALOR MÉDIO COMPARADO COM O IGP-M ACUMULADO 12 MESES
A Pesquisa de Locação Residencial é elaborada pelo Secovi-SP (Sindicato da Habitação) e visa monitorar o comportamento do mercado de aluguéis na capital paulista. As informações estão disponibilizadas em valores por m² (área privativa de apartamentos e área construída de casas e sobrados) e estão organizadas em oito grandes regiões: Centro; Norte; Leste (dividida em duas: zona A – que corresponde à área do Tatuapé à Mooca; zona B – outros bairros dessa área geográfica, como Penha, São Miguel Paulista etc.); Oeste (segmentada em duas: zona A – Perdizes, Pinheiros e vizinhanças; zona B – bairros como Butantã e outros); Sul (dividida em duas sub-regiões: zona A – Jardins, Moema, Vila Mariana, dentre outros; zona B – bairros como Campo Limpo, Cidade Ademar etc.).
Os dados estão dispostos em faixa de valores por metro quadrado, por número de dormitórios e por estado de conservação. Por exemplo, o preço por metro quadrado de um imóvel de 3 dormitórios na zona Norte, em bom estado, varia entre R$ 17,49 e R$ 18,20. Já uma moradia de 90 m2 nessa região tem valor de locação entre R$ 1.574,10 e R$ 1.638,00. Nos bairros da zona Sul – área A, como Jardins, Moema e Vila Mariana, têm nas locações de residências de 3 dormitórios faixa d e valores por m² entre R$ 27,21 e R$ 34,63. Um imóvel com área em torno de 150 m2 na região tem aluguel entre R$ 4.081,50 e R$ 5.194,50.
Garantias e velocidade de locação
O fiador foi o tipo garantia mais frequente entre os inquilinos, respondendo por 45% dos contratos de locação realizados. O depósito de três meses de aluguel foi a segunda modalidade mais usada – cerca de 38% escolheram essa forma de garantia. O seguro-fiança foi o tipo de garantia pedido por 17% dos proprietários.
O IVL (Índice de Velocidade de Locação), que avalia o número de dias que se espera até que se assine o contrato de aluguel, indicou que o período de ocupação foi de 16 a 42 dias. Os imóveis alugados mais rapidamente foram as casas e os sobrados: 16 a 40 dias. Os apartamentos tiveram um ritmo de escoamento mais lento: 22 a 45 dias.
Índice de Velocidade de Locação
Vila Mariana
Mensalmente, a Pesquisa Locação Residencial do Secovi-SP analisa dados históricos dos valores negociados por bairros. Neste mês, a região analisada foi Vila Mariana. De acordo com a pesquisa, os imóveis em bom estado de conservação, com vaga de garagem e que foram contratados em novembro na Vila Mariana, registraram valor médio por metro quadrado de R$ 34,77 para 1 dormitório; R$ 22,83 para 2 dormitórios e de R$ 23,92 as residências de 3 dormitórios.
A variação média dos valores de locação residencial acumulada no período janeiro de 2013 a dezembro de 2019, na região da Vila Mariana, foi de crescimento de 4,3% para os imóveis de 1 dormitório, queda de 17,3% para os imóveis de 2 dormitórios e redução de 0,6% para as residências de 3 dormitórios.