Prejuízo com catástrofes naturais quase dobra em 2017, diz seguradora

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No ano passado, desastres do tipo causaram US$ 330 bilhões em danos financeiros; maior parte é relacionada a furacões e ao grave terremoto do México

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As catástrofes naturais provocaram, em 2017, muito mais danos financeiros que nos cinco anos anteriores, e a parte coberta pelas seguradoras registrou um recorde, segundo um estudo divulgado nesta quinta-feira (4) pela alemã Munich Re.

No ano passado, as catástrofes naturais causaram US$ 330 bilhões em prejuízos, quase o dobro de 2016 (US$ 175 bilhões) e o balanço mais alto da história desde 2011 (US$ 354 bilhões), detalha o estudo feito pela segunda maior seguradora do mundo.

Dos US$ 330 bilhões, a maior parte deles relacionada a furacões e ao grave terremoto do México, as companhias tiveram que cobrir “danos recordes” de US$ 135 bilhões, afirma a seguradora.

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As catástrofes naturais ainda provocaram a morte de 10 mil pessoas no ano passado, pouco mais que em 2016 (9.650 mortos), mas bem inferior à média da última década, 60 mil vítimas ao ano.

710 eventos naturais

Ao todo, foram registrados 710 acontecimentos climáticos ou geológicos extremos em 2017, um resultado muito superior aos 605 constatados em média no mesmo período.

A Munich Re destaca especialmente as catástrofes que afetaram os Estados Unidos, que representaram a metade de todos os custos. O furacão Harvey, em agosto, com chuvas torrenciais sobre o Texas, provocou um prejuízo de US$ 85 bilhões.

Os outros furacões – Irma na Flórida (US$ 32 bilhões) e María no Caribe – bem como os incêndios na Califórnia também são abordados no estudo.

Na Europa, as temperaturas excepcionalmente baixas em abril causaram US$ 3,6 bilhões em prejuízos na agricultura, dos quais as seguradoras só cobrem US$ 650 milhões.

Na Ásia, a monção de intensidade rara deixou 2.700 mortos e provocou US$ 3,5 bilhões de dólares de prejuízos.

Algumas das catástrofes “foram uma prévia do futuro”, “nossos especialistas esperam ver catástrofes cada vez mais frequentes”, apesar de algumas “não serem ligadas diretamente às alterações climáticas”, comentou Torsten Jeworrek, diretor da filial da Munich Re, citado em um comunicado.

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