Presidente do CVG-RJ identifica progressos na ampliação do acesso ao seguro
Para Edson Calheiros, iniciativa recente do mercado com criação do Favela Seguros, é “um avanço expressivo”
Edson Calheiros, presidente do Clube Vida em Grupo do Rio de Janeiro (CVG-RJ) e da Associação Nacional das Microsseguradoras (ANM), avalia que a iniciativa que nasceu recentemente da parceria entre a MAG Seguros e a Favela Holding, o Favela Seguros representa um avanço expressivo no setor de seguros inclusivos e pode ser definido como uma revolução para o mercado securitário. “É mais do que uma questão de negócio. É inclusão social e proteção para quem realmente precisa. Estamos vendo o seguro alcançar pessoas que sempre estiveram à margem desse tipo de proteção e é exatamente o que o mercado dos seguros inclusivos busca”, enfatiza Calheiros.
Acredita que esta parceria desmistificará o seguro nas favelas. “O que é a nossa luta diária dentro do mercado securitário: propagar mais informações a quem mais precisa do seguro na sua vida. Essa união de forças pode fazer com que o seguro se torne algo essencial para essas comunidades”, diz. Complementando, “em um país com tanta desigualdade como o Brasil, essas iniciativas ajudam a reduzir a vulnerabilidade e proporcionam maior segurança financeira. O seguro precisa ser parte da ‘cesta básica’ do brasileiro.”
O presidente do CVG-RJ e da ANM compara as realidades dos mercados americano e brasileiros de seguros. Nos Estados Unidos, o seguro faz parte da vida cotidiana desde o nascimento até o óbito. Já no Brasil, as pessoas ainda não têm o hábito de contratar seguros e há um certo tabu a respeito do seguro de vida. “Vejo como a principal barreira no mercado brasileiro a própria questão cultural. Aqui se enxerga o seguro como algo complexo e inacessível ou para pessoas de maior renda, o que acaba por elitizar o acesso ao seguro”, reflete.
Calheiros também considera que ainda faltam educação financeira, políticas públicas e produtos mais simplificados para que o seguro chegue à massa populacional desde que sejam simples e próximos da realidade das pessoas, principalmente das classes mais vulneráveis.