Profissão de atuário está entre as dez melhores de 2016

Segundo ranking, atuários estão na décima posição dos melhores trabalhos do ano passado

O site de busca e informações sobre carreiras, CareerCast.com, divulgou uma análise dos melhores e piores empregos de 2016. A profissão de atuário encontra-se entre as 10 melhores, com uma renda média de US$ 97 mil/ano.

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O diretor do Instituto Brasileiro de Atuária, Eder Oliveira, comenta a ascensão do profissional atuário. Arquivo/JRS

Ocupando a décima posição, os atuários estão acompanhados de profissões que exigem habilidades com números e ciência. Cientista de dados, profissionais de estatística e analista de segurança da informação são as três primeiras na lista que foi destaque na Revista Forbes.

Para o diretor de seguros, capitalização e previdência do Instituto Brasileiro de Atuária (IBA), Eder Oliveira, a valorização do profissional atuário já acontece há alguns anos, pois as empresas tem se profissionalizado cada vez mais em identificar onde estão os riscos de um negócio.

“Para se tornar cada vez mais competitivo e ter produtos mais adequados em termos de preço, segurança, qualidade e outros aspectos, passou a ser uma exigência de muitos negócios a parte de mensuração do risco”, explica.

Em 2015, os atuários lideravam o ranking. O critério da lista leva em conta a renda, as perspectivas, os fatores ambientais, o estresse e as demandas físicas de cada posição. A carreira abrange os mercados de seguros, previdência, investimento, saúde, capitalização e até os Governos que precisam contar com especialistas em função dos planos previdenciários. “O progresso do mercado de negócios financeiros deu muita visibilidade ao atuário, pois ele é especialista em medir os riscos, então ele dá segurança de que isso vai ser feito”, salienta. “Muitas vezes atuários assumem cargos de gestores, diretores e outros de chefia porque eles sabem onde está e diagnosticar o problema”, acrescenta.

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UFRGS é a única universidade do Sul do Brasil a oferecer curso de Ciências Atuariais

Segundo o Ministério da Educação, no Brasil existem 19 universidades que oferecem o curso de Ciências Atuariais. Na Região Sul, a única é a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), que oferece a graduação desde 1950 e a única a obter nota máxima na avaliação do MEC.

O Coordenador do curso de Ciências Atuariais da UFRGS, José Antônio Lumertz, garante que os alunos formados pela Universidade Federal gaúcha são reconhecidos e requisitados pelo mundo inteiro. “Temos alunos formados espalhados pelo Canadá, Estados Unidos e até México, que desempenham a sua atividade sem nenhuma dificuldade de formação e atuação com o resto do mundo”, detalha.

“Isto nos deixa muito felizes, pois é um desafio mantermos este nível diante de uma dificuldade de todo o sistema educacional brasileiro”, completa ao destacar que a profissão só tende a crescer no mercado brasileiro, uma vez que discussões como previdenciárias e de saúde tem ganhado cada vez mais espaço.

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