Receitas do Grupo Allianz aumentam 5,7% e chegam a € 148,5 bilhões
Fortes resultados operacionais em todos os segmentos justificam confiança para 2022
A Allianz divulgou seu balanço referente ao 4º trimestre de 2021, bem como os dados consolidados de desempenho operacional ao longo de 2021. No ano passado, as receitas do grupo segurador cresceram 5,7%, chegando a € 148,5 bilhões. O lucro operacional teve salto de 24,6% e atingiu € 13,4 bilhões. Já o lucro líquido atribuível aos acionistas declinou 2,9%, ficando em € 6,6 bilhões de euros, como resultado de uma provisão única antes da dedução de impostos, da ordem de € 3,7 bilhões, em antecipação aos acordos com grandes investidores nos fundos da AllianzGI U.S. Structured Alpha e em vista das atuais discussões com autoridades governamentais dos EUA, reduzindo em € 2,8 bilhões o lucro líquido do Grupo em 2021. Já o coeficiente de capitalização Solvency II avançou 1 ponto percentual, passando para 209% (excluindo a aplicação de medidas transicionais para provisões técnicas).
No consolidado referente ao último trimestre de 2021, as receitas totais aumentaram 7,9% indo para € 38,4 bilhões. O lucro operacional subiu 18% e registrou € 3,5 bilhões. Foi registrado prejuízo líquido atribuível aos acionistas na ordem de € 292 milhões devido a uma provisão antes da dedução de impostos no montante de € 3,7 bilhões, em antecipação aos acordos com grandes investidores dos fundos da Allianz GI U.S Structured Alpha em vista das discussões em curso com autoridades governamentais dos EUA. Excluindo esse único item pontual, a receita líquida aumentou 38,2% e registrou € 2,5 bilhões.
O Grupo Allianz projeta lucro operacional de € 13,4 bilhões em 2022, mais ou menos € 1 bilhão (como sempre, catástrofes naturais e desdobramentos adversos nos mercados de capitais, bem como os fatores apontados na nossa nota de advertência com relação a declarações prospectivas podem afetar seriamente o lucro operacional e/ou o lucro líquido das nossas operações e os resultados do Grupo Allianz).
Outros itens
O Grupo Segurador anunciou um novo programa de recompra de ações de até € 1 bilhão. A direção da empresa deverá propor aumento de 12,5% nos dividendos, passando a € 10,80 por ação, com base em um lucro operacional robusto e uma sólida receita líquida.
“Apesar dos desafios em 2021, a Allianz provou sua resiliência e adaptabilidade. Com alta recorde no lucro operacional, acentuado crescimento de valor em Vida, Saúde e Ativos sob Gestão, além da forte ampliação nas margens de P&C (Ramos Elementares) e na produtividade, nós estamos escalando o poderio de nossa rede global”, diz Oliver Bäte, CEO do Grupo Allianz.
Destaques Financeiros
Receitas
Ao longo dos 12 meses consolidados de 2021, as receitas totais da Allianz aumentaram 5,7%, atingindo € 148,5 bilhões. Com os ajustes por transposição cambial e efeitos de consolidação, o aumento foi de 6,1%. As fortes vendas nos Estados Unidos e na Itália contribuíram para o crescimento das receitas no segmento Vida/Saúde. O segmento de P&C (Ramos Elementares) tirou proveito dos aumentos nos preços e nos volumes, ao passo que o segmento de Ativos sob Gestão registrou alta nas receitas provenientes dos ativos sob gestão e um aumento nas comissões baseadas em desempenho.
No último trimestre do ano, as receitas totais aumentaram 7,9%, passando para € 38,4 bi (ante € 35,6 bi no mesmo período do ano anterior). O crescimento das receitas internas, com os ajustes por efeitos cambiais e de consolidação, foi de 5,9%, impulsionado por todos os segmentos de negócios.
Lucros
Ao longo dos 12 meses consolidados de 2021, o lucro operacional saltou 24,6% passando para € 13,4 bi (ante € 10,8 bi no mesmo período do ano anterior), puxado pela maior rentabilidade em todos os segmentos. Além disso, esse aumento reflete o impacto negativo da covid-19 sobre o lucro operacional do ano anterior. A média mais elevada de Ativos sob Gestão (AuM) e o controle de custos continuado levaram a um forte aumento no lucro operacional no segmento de Ativos sob Gestão. O segmento de P&C (Ramos Elementares) registrou um resultado mais elevado de subscrição, mesmo diante do aumento nas indenizações de catástrofes naturais. No segmento Vida/Saúde, o lucro operacional cresceu graças às maiores taxas de carregamento e à ampliação nas margens de investimento e técnicas.
O lucro líquido atribuível aos acionistas foi de € 6,6 bilhões (ante € 6,8 bilhões no ano anterior), visto que as provisões para a questão da AllianzGI U.S Structured Alpha reduziram em € 2,8 bilhões a receita líquida do Grupo em 2021, compensando o lucro operacional maior. O Retorno sobre o Patrimônio Líquido (RoE) foi de 10,6% (ante 11,4 % no mesmo período de 2020). O lucro Básico por Ação (EPS) declinou 3,2% ficando em € 15,96 (ante € 16,48 em 2020).
No quarto trimestre de 2021, o lucro operacional subiu 18% chegando a € 3,5 bi (€ 3,0 bi no mesmo período do ano anterior), em grande parte levado pelo resultado majorado de subscrição no segmento de P&C. No segmento de Gestão de Ativos, o lucro operacional cresceu devido à média mais elevada de ativos de terceiros sob gestão (AuM) e às melhorias contínuas na produtividade. Em Vida/Saúde, o lucro operacional recuou ligeiramente, sobretudo por conta da margem de investimento reduzida.
O prejuízo líquido atribuível aos acionistas foi de € 292 milhões, comparado com um lucro líquido de € 1,8 bilhão no mesmo período do ano anterior, uma vez que o lucro operacional maior foi compensado pelo impacto de uma provisão de € 3,7 bilhões antes da dedução de impostos, destinada à rúbrica AllianzGl U.S. Structured Alpha.
Coeficiente de capitalização Solvency II
O Coeficiente de capitalização Solvency II teve alta de 1 ponto percentual, passando de 207% no final de 2020 para 209% no final de 2021 (incluindo a aplicação de medidas de transição para provisões técnicas, o coeficiente de capitalização Solvency II foi de 239% no final de 2021 (236 % no final do terceiro trimestre de 2021).
Destaques por segmento
O desempenho subjacente foi muito forte em 2021, conforme atestado pelo lucro operacional de € 13,4 bilhões. No segmento de P&C (Ramos Elementares), a retomada nas linhas comerciais e globais demonstra claramente que o Grupo Allianz está bem posicionado para beneficiar-se com novas melhorias no ambiente de subscrição. Mesmo diante de severas ocorrências relacionadas a eventos climáticos, o Índice Combinado aumentou graças ao foco contínuo na disciplina de subscrição e nas melhorias da produtividade.
Em Vida/Saúde, o grau de solidez dos novos negócios com margens amplas salienta a saudável demanda pelos produtos do grupo segurador. “Nós estamos muitos satisfeitos com o sucesso de nossas novas iniciativas empresariais e realizamos ações significativas na gestão em curso. Isso prova o nosso compromisso com a gestão de capital ativa, o que nos possibilita maximizar o potencial de nosso negócio”, informa análise divulgada pela Allianz.
O segmento de Gestão de Ativos apresentou desempenho sólido com nível elevado de fluxo de entradas provenientes de clientes de todas as regiões e por meio de todas as classes de ativos. Os Ativos sob Gestão atingiram uma nova alta recorde no final de 2021. A receita líquida do segmento foi impactada por uma medida adotada em antecipação aos acordos com grandes investidores nos fundos da AllianzGl U.S. Structured Alpha e em vista das discussões em andamento com autoridades do governo dos EUA, um primeiro passo relevante rumo à resolução dos diversos processos relacionados a isso.
“O forte desempenho empresarial, impulsionado pelos firmes fundamentos inerentes de nosso negócio, fortalecem a confiança na previsão da Allianz para 2022”, afirma Giulio Terzariol, CFO do Grupo Allianz.
Seguro P&C (Ramos Elementares): lucro operacional sólido
Ao longo de 2021, as receitas totais aumentaram 4,8% subindo para € 62,3 bi (ante € 59,4 em 2020).
Com os ajustes por transposição cambial e efeitos de consolidação, o crescimento interno foi de 4,1%, sustentado por diferentes efeitos – de preço (2,2%), assim como por efeitos de volume (1,4%) e de serviço (0,6%). Os que mais contribuíram para esse crescimento foram Allianz Partners, AGCS e Austrália.
O lucro operacional cresceu 30,6%, registrando € 5,7 bi (ante € 4,4 no mesmo período de 2020). O resultado em subscrição reflete uma recuperação em relação ao impacto da covid-19 em 2020. Menores perdas atricionais e um resultado melhor do run-off compensam as indenizações mais elevadas decorrentes de catástrofes naturais.
O índice de despesa subiu para 26,7% (era 26,8% em 2020). No conjunto, o Índice Combinado avançou 2,5 pontos percentuais, ficando em 93,8% (era 96,3% no ano anterior).
Já no recorte do último trimestre de 2021, as receitas totais cresceram 14,7%, atingindo € 14,5 bi (era € 12,7 bi no quarto trimestre de 2020).
Com os ajustes por transposição cambial e efeitos de consolidação, o crescimento interno chegou a 10,7% devido a um aumento de 7,4% nos volumes e à sustentação vinda dos aumentos de 2% dos serviços e de 1,4% do efeito preço. Os que mais contribuíram para esse aumento foram Allianz Partners, AGCS e Alemanha.
O lucro operacional teve um pico de 76,1% e chegou a € 1,6 bi (era € 0,9 bi no quarto trimestre de 2020), devido ao resultado consideravelmente maior na subscrição, incluindo um run-off com resultado muito superior. O aumento também refletiu parcialmente o efeito negativo da covid-19 no ano anterior. Além disso, o rácio de despesa evoluiu para 26,9% (era de 27,5% no quarto trimestre de 2020).
O Índice Combinado subiu 3,9 pontos percentuais e ficou em 93,5% (era 97,4% no quarto trimestre de 2020).
Vida/Saúde: gestão bem-sucedida dos novos negócios
Ao longo de 2021, o PVNBP4 ou Valor Atual dos Prêmios dos Novos Negócios saltou para € 78,7 bi (era € 61,5 bi), empurrado por volumes de venda mais elevados para produtos de renda vitalícia a índice fixo nos Estados Unidos e às melhorias, na Itália e França, por meio de back-book management. Outros fatores que contribuíram foram os volumes superiores de produtos tipo unit-linked na Itália e um amplo pacto de resseguro na Allianz Reinsurance.
O lucro operacional aumentou para € 5 bi (era de € 4,4 em 2020), devido a reserve loadings maiores, a uma maior margem de investimento e ao reconhecimento do prejuízo do ano anterior nos Estados Unidos. Taxas de administração mais altas em itens do tipo unit-linked na Itália, margem de investimento mais elevada na França, e uma margem técnica ampliada, tanto nos negócios de Vida como nos de Saúde, na Alemanha, embasaram esse crescimento.
A Margem de Novos Negócios aumentou 3,2% (era 2,8% em 2020), impulsionado pelo mix de negócios. O valor dos novos negócios subiu para € 2,5 bi (era € 1,7 bi em 2020), devido aos volumes mais elevados e às margens ampliadas.
Ao longo do último trimestre de 2021, o PVNBP, Valor Atual dos Prêmios dos Novos Negócios, aumentou para € 19,8 bi (era € 19,0 no último trimestre de 2020), devido sobretudo aos volumes maiores nas vendas de produtos de renda fixa vitalícia a índice fixo nos Estados Unidos.
A Margem de Novos Negócios (NBM) subiu para 3,4% (era 2,7% no último trimestre de 2020), puxado por um mix de negócios ampliado nos EUA, França e Itália. Desenvolvimentos favoráveis do mercado sustentaram esse crescimento.
O Valor dos Novos Negócios (VNB) cresceu para € 0,7 bi (era € 0,5 bi no último trimestre de 2020), em função de volumes e margens maiores.
O lucro operacional baixou para € 1,3 bi (era € 1,4 no último trimestre de 2020). O impacto da margem de investimento menor no negócio de Vida na Alemanha, um write-off para um sistema administrativo no Benelux, e indenizações maiores na Indonésia foram parcialmente compensados por um aumento nas taxas de gerenciamento para produtos unit-linked na Itália.
Gestão de Ativos: recorde de AuM, alta de 22% no lucro operacional
Ao longo do ano de 2021, as receitas operacionais cresceram 14,3% e atingiram € 8,4 bilhões como resultado das receitas maiores puxadas pelos ativos sob gestão (AuM), bem como por taxas de desempenho mais altas. A relação custo-rendimento aumentou para 58,4% (era de 61,2% em 2020).
Já o lucro operacional cresceu 22,3% e atingiu € 3,5 bi (era € 2,9 bi em 2020). Com ajustes por transposição cambial e efeitos de consolidação, o lucro operacional subiu 25,3%. Os ativos de terceiros sob gestão aumentaram 14,9%, o equivalente a € 255 bilhões, desde o final de 2020, atingindo € 1,966 trilhão, basicamente devido às entradas líquidas elevadas da ordem de € 110,1 bilhões, assim como pelos efeitos favoráveis da transposição cambial.
No último trimestre de 2021, o total de ativos sob gestão subiu para € 2,609 trilhões no final de 2021, puxado pelos ativos de terceiros sob gestão. O crescimento foi impulsionado por todas as regiões e todas as classes de ativos.
Os ativos de terceiros sob gestão eram de € 1,966 trilhão em 31 de dezembro de 2021, um aumento de € 86 bilhões desde o final do terceiro trimestre de 2021, incluindo € 20,6 bilhões de entradas líquidas e efeitos de mercado de € 11,5 bilhões. Houve um impacto positivo de € 28,3 bilhões por consolidação, sobretudo relacionada à transação de resseguro da Allianz Life (€ 30 bilhões). Outro fator que contribuiu foi o efeito favorável de transposição cambial de € 25,2 bilhões.
O lucro operacional teve alta de 20,8% desde o período do ano anterior e foi a € 1 bi (era € 0,9 bi no último trimestre de 2020). O crescimento das receitas se deu, principalmente, devido à média mais elevada nos ativos sob gestão (AuM) de terceiros. Com ajustes para efeitos de transposição cambial, o lucro operacional aumentou 17%. A relação custo-rendimento (CIR) avançou 0,5 ponto percentual e foi para 58,2%.