RS foi o terceiro estado com mais roubos e furtos de veículos em 2021
Sindicato das Seguradoras destaca alto índice de recuperação
O Rio Grande do Sul registrou 14.353 roubos e furtos de veículos, em 2021, ficando na terceira posição no ranking nacional. Os gaúchos ficaram atrás apenas de São Paulo (113.698) e Rio de Janeiro (38.528). “Embora os dados sejam elevados, o RS registrou um dos melhores índices de recuperação, 71,36%. Isso mostra que o trabalho que vem sendo feito pela polícia tem sido muito efetivo, mas ainda precisamos trabalhar na prevenção”, destacou o presidente do Sindicato das Seguradoras do RS (Sindseg RS), Guilherme Bini.
Já para os moradores da capital, a situação é melhor. Porto Alegre, com 4.082, ficou na oitava posição, atrás de São Paulo (78.965), Rio de Janeiro (18.448), Belo horizonte (7.383), Salvador (6.685), Fortaleza (6.601), Brasília (5.789) e Recife (7.708). O índice de recuperação na capital gaúcha é de 53,37%. “Porto Alegre possui um sistema de cercamento eletrônico que vem, ano a ano, reduzindo o roubo e furto de veículos. Ações como essas são importantes, pois, além de coibir a ação de criminosos, ainda auxiliam no trabalho de recuperação por parte da polícia. Com isso, todos ganham”, ressaltou Bini.
No entanto, para os segurados essa redução não se reflete diretamente no preço do seguro. Isso porque aproximadamente 25% do valor final da apólice é resultado do impacto da criminalidade. “Durante a pandemia vimos as seguradoras se adaptarem à nova realidade, flexibilizando pagamentos e congelando preços para permitir que as pessoas não abrissem mão de ter seus bens protegidos. No entanto, a inflação cresceu no período e o dólar apresentou valorização, impactando consideravelmente no preço das peças de reposição. Assim, uma coisa acaba compensando a outra. Se por um lado a criminalidade menor refletiria em uma redução, por outro, o aumento dos custos pressiona os preços”, explicou Guilherme Bini. Outro fator que impacta diretamente na questão do valor do seguro é o valor da tabela FIPE, que teve alta média de 25%. “Isso impacta não só nos roubos, mas também nas indenizações por perdas totais de segurados e terceiros”, afirmou.