Saiba como os gestores podem se preparar para o impacto financeiro dos reajustes dos planos de saúde em 2021
Em nível global, saúde e prevenção nunca ficaram tão em evidência como este ano, sob o impacto da pandemia
A cobrança de valores retroativos ao reajuste dos planos de saúde, em 2021, interfere diretamente nos interesses e nas decisões dos gestores de negócios, o maior público contratante. Segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), mais de 80% do mercado é voltado para planos empresariais. Para os gestores, que aguardam uma posição oficial da agência desde a determinação do congelamento dos reajustes, em agosto, a saída é partir para a negociação.
Para o Superintendente Executivo de Benefícios da Galcorr, Leonardo Venâncio, planejar é a estratégia mais inteligente em um cenário já complexo pela pandemia de Covid-19 e com margens instáveis no orçamento. “A recomposição dos reajustes suspensos, em 2021, é inevitável. Acredito que a melhor alternativa para o empresário e para os gestores seja a de procurar antecipar boas negociações com as operadoras que, em função do momento financeiro e impacto que também sofreram, estão oferecendo melhores opções para negociação”, diz Venâncio
O acúmulo de sinistros e tratamentos médicos não realizados nos últimos meses, por medidas sanitárias e protocolo de isolamento, também preocupa. Com a flexibilização das atividades econômicas e o retorno das pessoas ao ‘novo normal, o custo das operadoras e seguradoras vai subir. Por isso, é importante ficar atento às mudanças dos reajustes e se organizar:
“O modo mais eficiente de se preparar para os impactos financeiros da demanda reprimida dos procedimentos médicos e para a suspensão dos reajustes é atuar de forma efetiva em programas de gestão preventiva de saúde e em programas para monitoramento e gerenciamento dos recursos assistenciais”, recomenda o Superintendente Executivo em Benefícios da Galcorr.
Em nível global, saúde e prevenção nunca ficaram tão em evidência como este ano, sob o impacto da pandemia. Além de chamar a atenção para a importância do autocuidado e da qualidade de vida, a Covid-19 gerou uma demanda inédita para os seguros de saúde e de vida.
Na corretora de seguros Galcorr, que investiu no setor de Benefícios em 2020, houve uma variação de 5,16% no número de vidas em agosto, superior ao índice de 0,17% registrado pela ANS.
“Desde 2019, estamos fazendo investimentos em sistemas para agilizar e modernizar mais o nosso serviço, o que nos proporcionou ganhar mais clientes. Em 2020, crescemos entre as empresas dos setores de construção civil e de exploração de petróleo”, conta Leonardo Venâncio.
Para se organizar, vale o lembrete do especialista: “As novas contratações terão reajuste somente após 12 meses de contrato e serão precificadas de acordo com o perfil do grupo, portanto não sofrerão impacto com a suspensão. Os empresários que tiverem contratos de planos empresariais com mais de 30 vidas, podem optar em receber o reajuste normalmente. Já para os planos coletivos por adesão e coletivos empresariais com menos de 30 vidas, a suspensão do reajuste será obrigatória, entre os meses de setembro a dezembro de 2020”.
O Superintendente da Galcorr recomenda atenção para os que possuem apólices para contratos com menos de 30 vidas, e que já estejam corrigidos, entre os meses de maio a agosto de 2020: “Nesses casos, as operadoras precisam abater a parcela do reajuste no período de suspensão. Lembrando que, por característica, este grupo sofre anualmente um reajuste único aplicado pela seguradora ou operadora para a carteira de empresas”, ele explica.