Saúde 4.0 norteia primeiro dia da programação técnica de Congresso da Unimed
Incorporação tecnológica na área foi o principal assunto das apresentações e debates no primeiro dia técnico do Congresso Nacional Unimed de Gestão em Saúde, que segue até esta quinta (25)
São tempos de Saúde 4.0, ou seja, da incorporação tecnológica plena e acelerada no setor. Da mesma forma que assuntos como big data, inteligência artificial e internet das coisas já nos impactam diariamente em áreas como transporte, alimentação, compras, entre outras, a tecnologia tem sido implementada cada vez mais para que possamos viver mais e melhor. Esse foi o tom das apresentações e discussões do primeiro dia (24) de plenárias técnicas do 2º Congresso Nacional Unimed de Gestão em Saúde, realizado no Expo Center Norte, em São Paulo (SP).
O uso inteligente de dados e outros temas ligados à gestão estratégica e eficaz nortearam as conversas no evento que reúne técnicos e dirigentes do Sistema Unimed das áreas de Tecnologia da Informação, Serviços Próprios, Regulação e Atenção à Saúde e também conta com a participação de especialistas de outras empresas e entidades e de personalidades públicas, como Paulo Hartung. O ex-governador do Espírito Santo abriu as atividades falando sobre a necessidade de diálogo entre a saúde pública e a privada para a evolução da gestão nas duas esferas. “O privado pode trazer suas experiências positivas de administração ao público, que, por sua vez, pode apoiar com propriedade as empresas em assuntos como a Atenção Primária, por exemplo”, destacou Hartung.
Desafios e oportunidades da incorporação tecnológica
A Unimed conduz um dos maiores projetos de integração de dados da saúde mundial, o Registro Eletrônico de Saúde (RES), que em 2019 iniciou o processo de recebimento de informações de beneficiários do Sistema Unimed. Segundo o presidente da Unimed do Brasil, Orestes Pullin, ressaltou no Congresso, trata-se “da base de dados que interliga praticamente todas as informações de saúde obtidas pelas pessoas”. “Com a digitalização e integração de dados clínicos, além dos administrativos, abrimos inúmeras possibilidades de evolução do cuidado com a saúde”, refletiu o dirigente.
Tida como um desafio para a expansão dessa incorporação tecnológica, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) é vista como item necessário para maior segurança e transparência aos beneficiários. “A legislação não é um entrave, mas algo que agrega à estratégia de entrada da tecnologia na área. Se o paciente entende que ela será utilizada de maneira positiva para ele e sente confiança na empresa que receberá suas informações, não se importa e autoriza o compartilhamento de seus dados”, afirmou Daniel Greca, sócio diretor da consultoria KPMG. Ele levantou um panorama para a saúde brasileira e mundial até 2030 e a entrada de serviços que priorizarão cada vez mais a prevenção. Tema também enfatizado pelo influenciador digital e CEO da GesSaúde, Roberto Gordilho. “Muito do que esperamos para 2030 tem que ser feito agora, senão não acontecerá até lá. E o uso inteligente de dados é parte fundamental disso”, salientou Gordilho.
O primeiro dia técnico do encontro ainda apresentou assuntos como o cuidado centrado no paciente e sua família, incorporações para o rol da ANS em 2020, desafios do envelhecimento populacional, a Atenção Primária, entre outros. O 2º Congresso Nacional Unimed de Gestão em Saúde tem seu encerramento neste dia 25, com novos painéis. Mais informações neste endereço.