Seguradora francesa defende investimentos em infraestrutura no Brasil

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Coface considera crucial atrair investimento privado à região

Atualmente integrante do grupo Natixis, um banco de investimentos com sede em Paris, a Coface diz que “está na hora de acabar com o problema da falta de infraestrutura que compromete o desenvolvimento da região”.

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“Dirigir nas estradas brasileiras é perigoso e um desafio para os motoristas. O asfalto é rugoso, o pavimento esburacado e sem sinalização de segurança. Um exemplo de fraqueza estrutural nocivo para a competitividade do país”, destaca um trecho do relatório reproduzido pelo Le Figaro, lembrando que o Brasil não é um caso isolado. Antes de citar os vizinhos, o texto observa que a qualidade dos portos e dos serviços portuários também é muito ruim no Brasil, da mesma forma que na Argentina, na Colômbia e no Peru. As raras exceções de países com infraestrutura um pouco mais decente são o Chile e o México, em menor escala, avalia o estudo da Coface.

Brasil: 114° país em um ranking de 138 na área de transportes

Em infraestrutura em transportes, o Brasil está classificado na posição 114, na lista de 138 países pesquisados. Segundo Krause, “transportar uma mercadoria no interior do Brasil custa às vezes mais caro do que enviá-la ao exterior”. Em seu dignóstico, e na defesa de soluções para esse problema crônico, a consultora afirma que seria necessário investir muito mais do que os 3% de PIB que os países da região destinam atualmente.

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De olho no programa de privatizações lançado pelo presidente Michel Temer, a seguradora de créditos francesa considera crucial atrair investimento privado à região. Mesmo com o fim da recessão no Brasil, o crescimento do PIB limitado a 1,2% no próximo ano não será suficiente para aumentar a capacidade de investimento necessária. A solução passa cada vez mais pelas parcerias público-privadas, facilitadas pela adaptação das legislações no Chile, na Colômbia e no Brasil. O texto observa, no entanto, que ainda é preciso dar mais transparência às concorrências, diminuir a burocracia e principalmente combater a corrupção endêmica.

O estudo também propõe em suas conclusões desenvolver o mercado de obrigações do Tesouro, utilizar recursos dos fundos de investimento para a área de infraestrutura e dos fundos soberanos dos Estados.

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