Seguro de vida é uma ferramenta estratégica na sucessão patrimonial

Despesas acerca de um inventário podem chegar a 20% sobre o valor do patrimônio, o que pode obrigar herdeiros a alienarem parte dos bens para arcar com os custos

A construção de um patrimônio efetivo permeia o planejamento financeiro de muitas famílias, sobretudo com o objetivo de permitir uma cadência de recursos aos herdeiros. Neste contexto, o seguro de vida é uma ferramenta estratégica que, além da proteção no momento da perda, resguarda o patrimônio construído ao longo de anos.

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“Dentro do planejamento financeiro é essencial que existam os ativos de proteção, como o seguro. Cada vez mais ele tem se tornado uma ferramenta de preservação em vida, pois é possível usufruir dos ativos em diversos cenários, como invalidez por acidente, uma doença grave ou internação hospitalar. Contudo, ele é estratégico para gerar liquidez aos herdeiros em um momento de perda, pois é um produto financeiro que não possui tributação e em caso de o sinistro ser acionado, o capital segurado é liberado rapidamente e chegará diretamente nas mãos dos beneficiários”, explica o gerente de produtos da Omint Seguros, Carlos Faria.

De acordo com o Colégio Notarial do Brasil (CNB) de São Paulo, as despesas com um inventário (impostos, honorários advocatícios, certidões, despesas cartorárias) podem chegar a 20% do valor total do patrimônio. Para arcar com os débitos relacionados ao processo, muitas vezes os herdeiros precisam dispor de algumas posses, o que leva a dificuldades ou mesmo dilapidação de bens, caso não exista um planejamento financeiro com essa previsibilidade.

Há ainda um cenário mais preocupante: a impossibilidade de tomar posse da herança. “O seguro de vida é um produto financeiro que não possui tributação, dessa forma ele chega diretamente nas mãos dos beneficiários no momento necessário, sem grandes burocracias”, explica Faria.

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Ao colocar os números no papel, é possível perceber o impacto da burocracia na rotina dos herdeiros. Ao pensar em um patrimônio de R$ 1 milhão, o custo de um inventário pode alcançar a quantia de R$ 200 mil. “Devemos considerar como patrimônio todo o tipo de investimento, desde imóveis até aplicações e ações. Por esta razão, é importante priorizar o crescimento orgânico, sustentável, sempre balizado em soluções altamente customizadas para os clientes”, aponta.

Em contrapartida, a legislação brasileira determina a liquidez do capital segurado em até 30 dias a partir do momento que o sinistro for acionado pelos segurados, o que favorece o período legal da entrada do inventário, que é de até 60 dias sem ter juros e multas submetidas.

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