Seguro floresta como parte da estratégia do agronegócio

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Confira artigo de Sylvain Taulere, gerente de agronegócios da Willis Towers Watson

A proteção financeira para empresas ligadas ao agronegócio é fundamental, dada a importância desta indústria para a economia brasileira. Um pequeno foco de incêndio pode, em algumas horas, acabar com meses de trabalho e investimento. Por isso, o risco sempre foi levado em conta na maioria das estratégias corporativas do setor e na crise atual pela qual passamos já era de se esperar que essa atenção seria redobrada.

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C Josias & Ferrer no JRS

Dados do Ministério da Agricultura mostram que em 2020 o número de apólices de seguro rural cresceu 108%, ou seja, mais que dobrou no país em relação ao ano passado. A área protegida passou de 6,7 para 13,7 milhões de hectares e os valores segurados cresceram 230%.

Sylvain Taulere é gerente de agronegócios da Willis Towers Watson / Divulgação
Sylvain Taulere é gerente de agronegócios da Willis Towers Watson / Divulgação

Um dos tipos de seguro rural que mais cresceu no período foi o seguro floresta, que garante indenização em caso de perdas em áreas utilizadas principalmente pela indústria madeireira. Na Willis Towers Watson observamos um aumento de 20% na procura por esse tipo de produto que cobre não apenas incêndios, mas também outros fenômenos naturais como geada, seca, granizo, chuvas excessivas, ventos fortes e queda de raio.

Mas certamente o fogo é o principal causador de danos às florestas no Brasil. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o Brasil fechou o ano de 2020 com o maior número de queimadas desde 2010. Neste tipo de incidente as perdas, na maioria das vezes, são inevitáveis e acabam atingindo não somente as empresas como seus investidores também.

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Os gestores de fundos de investimentos florestais no Brasil hoje controlam cerca de 800 mil hectares em florestas plantadas nas regiões centro-oeste, sul e sudeste do país, o que equivale a um valor de mercado de R$ 16,2 bilhões, segundo a Consufor, empresa especializada em inteligência de mercado para o agronegócio. Os principais fatores que influenciam no valor do risco da área do seguro de florestas incluem a localização, estrutura da fazenda, além da forma de condução e implementação do plantio.

A indenização recebida por meio do seguro de florestas possibilita a realização de investimentos produtivos garantindo a geração de empregos em campo, a contratação de tecnologias cada vez mais eficientes como o sensoriamento remoto via satélite, além de ser um meio de diminuir a inadimplência do produtor com as instituições financeiras que concedem crédito rural.

Um bom gerenciamento de risco examinará o negócio de todos os ângulos para entender como as várias peças se conectam, os impactos potenciais dos eventos de perda e onde os prejuízos são mais prováveis de ocorrer. Também ajudará a compreender como as crises afetarão os resultados financeiros e a capacidade da empresa operar.

Ou seja, um plano de resiliência de negócios forte é essencial como estratégia para qualquer negócio rural, principalmente para os que possuem ativos florestais, pois reduz simultaneamente a probabilidade de interrupção de um negócio e apresenta alternativas para uma retomada ágil em caso de perda.

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