Sem seguro, incêndio em Shopping de Cuiabá expõe lacunas de segurança e prevenção

Depois do incêndio no Shopping Popular de Cuiabá, em Mato Grosso, no dia 15 de julho, os moradores fazem questionamentos nas redes sociais da prefeitura sobre melhorias previstas e o que poderia ter evitado a situação. Dentre os mais impactados, encontram-se os aproximadamente 600 comerciantes que ficaram sem seus meios de subsistência. Ainda, de acordo com Misael Galvão, presidente do shopping, o espaço não tinha garantia contra incêndio, aumentando a gravidade do incidente.

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Para esclarecer a necessidade da cobertura em casos como este, o JRS conversou com o corretor Reinaldo Costa. Segundo o empreendedor, o seguro incêndio é importante para estabelecimentos comerciais, pois ele protege o patrimônio contra danos causados por fogo, que podem resultar em prejuízos financeiros significativos e até mesmo na interrupção das atividades do estabelecimento. “Neste caso que reúne diversos comerciantes, um incêndio pode afetar não só a infraestrutura, mas também os estoques e equipamentos de cada lojista. A cobertura oferece tranquilidade e segurança financeira, e garante que os proprietários possam recuperar suas perdas e restabelecer suas operações rapidamente”, afirma.

De acordo com o portal G1, sete times dos Bombeiros foram acionados no Shopping Popular de Cuiabá. Em situações de conflagração, como foi o caso de Cuiabá, o seguro indeniza os prejuízos materiais causados pelo fogo, incluindo a destruição de objetos, a edificação e o sistema elétrico. Adicionalmente, também oferece proteção contra danos resultantes de explosões, que podem ser causadas por vazamentos de gás ou outras circunstâncias. A proteção inclui também possíveis avarias por raios, tanto diretos quanto indiretos, que atinjam o local.

Reinaldo Costa detalha que, em situações de incêndio, os lojistas precisam adotar certas ações primárias para acionar o seguro. Posteriormente, é essencial informar a companhia de seguros quanto antes para relatar o ocorrido, se for o caso. A maioria das empresas de seguros disponibiliza canais de atendimento 24 horas nessas situações, garantindo uma resposta rápida e eficaz.

“Também é fundamental documentar os danos, tirando fotos e fazendo uma lista detalhada dos bens danificados ou perdidos. Ter notas fiscais e a documentação da empresa em dia é de extrema importância para facilitar o processo de comprovação. Por fim, os comerciantes devem manter os bens sinistrados no local, sem descartar ou alterar nada, até que a seguradora realize a vistoria,” aconselha Costa.

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Para determinar o montante do seguro contra incêndio, os empresários precisam considerar diversos elementos. Em primeiro lugar, o valor de reparação é o custo requerido para reconstruir a propriedade se esta for completamente danificada. Num edifício, esse somatório pode ser considerável. Em segundo lugar, dos ativos, que engloba o valor dos bens em estoque, equipamentos, mobiliário e demais itens presentes no local. Finalmente, os gastos extras incluem despesas com aluguel temporário de um novo espaço e perda de lucro enquanto as operações estão paralisadas.

“É crucial ressaltar a importância do corretor de seguros, que atua como um consultor especializado, ajudando a identificar as necessidades específicas de cada cliente e recomendando as coberturas mais adequadas. O corretor também auxilia na análise das condições e exclusões da apólice, garantindo que o cliente compreenda todos os aspectos do seguro contratado. Além disso, facilita o processo de sinistro, orientando o segurado sobre os procedimentos a serem seguidos e intermediando a comunicação com a seguradora,” finaliza Costa.

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