Setor segurador recupera desempenho anterior à pandemia

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Nova edição da Conjuntura CNseg constata alta de dois dígitos na arrecadação de prêmios por dois meses consecutivos

Um crescimento de dois dígitos na margem repetido em julho foi suficiente para a arrecadação de seguros reaver as médias de prêmios anteriores à eclosão da pandemia. Em julho, a receita somou R$ 26,6 bilhões, alta de 14,3% sobre junho, quando o setor crescera 32,9% na margem (sobre maio). Na comparação com o mesmo mês do ano passado, a arrecadação de julho também teve evolução de 4,4%, um indicativo a mais da reação do mercado.

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C Josias & Ferrer no JRS

“Com esse resultado positivo, a arrecadação de  prêmios de seguros no mês colocou o setor em patamar equivalente ao período imediatamente anterior à pandemia da Covid-19 (dezembro/ 2019 = R$ 26,7 bilhões)”, explica o Presidente da Confederação Nacional das Seguradoras, Marcio Coriolano, no editorial da nova edição da Conjuntura CNseg (nº 28).

Segundo ele, a recuperação de alguns dos indicadores econômicos importantes refletiu-se positivamente nos negócios das seguradoras, ainda que essa retomada permaneça heterogênea entre as modalidades e ramos de seguros.

O comportamento firme de julho, contudo, não paralisou a trajetória de queda no acumulado do ano. Comparando-se aos respectivos períodos, a receita de janeiro a julho recuou 2,1%. “Queda modesta, pelo menos ao se considerar a severidade do impacto da Covid-19 sobre a mobilidade de fatores de produção e pessoas e seus efeitos danosos sobre a economia e a sociedade”, ressalta Coriolano.

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Na média móvel de 12 meses dos prêmios de seguros, ele explica que “a inclusão de julho ainda mostra a marcha de desaceleração das taxas, como previsto. Mesmo com o forte avanço das receitas no mês, em termos antecedentes continua-se a comparar 2020 com um 2019 progressivamente positivo. Então, depois do mergulho para 6,7% anualizados em maio, a taxa caiu um pouco para 6,1% em junho e agora para 4,1% em julho”.

A expectativa agora se volta para o desempenho de agosto. Se repetir o volume de prêmios de julho (R$ 26,6 bilhões), a previsão é que ocorra estabilidade na taxa anualizada, que pode ficar em cerca de 4% em agosto.

Os dados da sinistralidade também são avaliados pelo Presidente Marcio Coriolano nessa edição da Conjuntura CNseg. No ano até julho, se comparado a igual período do ano passado, houve redução da sinistralidade de Danos e Responsabilidades, de 55,1% para 48,7%, em virtude da queda acidentes e roubos no ramo de Automóveis. No ramo Vida, a sinistralidade agravou-se de 26,1% para 27,5%, dado o aumento dos óbitos e situações de invalidez e doenças. Nos Planos de Acumulação VGBL, o viés é retorno à normalidade, visto que a captação líquida está positiva e, em julho, apresentou o melhor resultado desde dezembro de 2016, um montante de R$ 6,7 bilhões, o que significa avanço de 7,4% em relação a julho de 2019.

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