Startup faz gestão de obras de arte e de objetos de luxo e incentiva arte
Faaro assessora na catalogação, avaliação e venda ao conectar colecionadores a artistas
Muitos colecionadores não têm controle apurado de seu acervo, tampouco sabem como expor as relíquias ou vendê-las a um preço justo. A startup Faaro possibilita o gerenciamento de patrimônio e atua como incentivadora da arte, ao valorizar e regulamentar os artigos – como quadros de Anita Malfatti e de Di Cavalcanti e carros clássicos – prezar pela manutenção dos bens, promover exposições, fazer a conexão com compradores e inserir novos talentos no ecossistema cultural.
“Trabalhamos com a paixão das pessoas. Sabemos a estima pela coleção e como é importante mantê-la em segurança e nos melhores padrões de gestão estabelecidos, então trazemos soluções de tecnologia e inteligência com o know-how de profissionais experientes”, diz Alisson Mendonça, CEO da empresa. De pinturas renomadas a automóveis, além de antiguidades, adegas, joias, closet e itens de luxo, a Faaro apoia a gestão dos ativos desde a regularização de documentos até o planejamento de ações periódicas, como a limpeza para preservação de obras de arte, manutenções de veículos ou até mesmo o planejamento de consumo de vinhos, por exemplo. O cliente acompanha com segurança e privacidade a partir da plataforma, um SAAS seguro, flexível e fácil de usar.
A startup foi criada em 2020, após Mendonça viver de perto a dificuldade em gerenciar e proteger o patrimônio de um familiar. “Ele não tinha controle de suas posses, perdeu objetos e não tinha documentação em boa ordem – o que o impossibilitou de reaver bens furtados que foram localizados”, conta. Como não encontrou serviços que atendessem às necessidades, o empresário usou o background do mercado financeiro para auxiliá-lo, deixou a área de Corporate & Investment Banking e investiu nesse nicho.
Hoje, a Faaro atende 50 colecionadores com a curadoria especializada, que avalia, cataloga e indica o melhor para a coleção. “Tem gente que tem uma ‘Monalisa’ em casa e não sabe, ou que tem tesouros de inestimável valor seja financeiro, cultural e/ou histórico guardados no armário que poderiam ser compartilhados em uma exposição virtual, por exemplo”, afirma o empreendedor. Enquanto alguns clientes optam pela confidencialidade sobre os itens e/ou preferem mantê-los no acervo pessoal, outros decidem por expô-los ou vendê-los após a apreciação.
Faaro gere coleção de Anita Malfatti e de Di Cavalcanti e incentiva arte nacional
Uma das coleções que está no processo de catalogação da Faaro é o conjunto de dez obras atribuídas a Anita Malfatti (1889-1964), como “As Quatro Estações” (1952), conjunto dos quadros “Primavera”, “Verão”, “Outono” e “Inverno”, em poder de um colecionador. Após o estudo de validação de originalidade e busca do histórico das telas, é feita a checagem de interesse com possíveis compradores e uma recomendação quanto à venda. “Nesse caso, sugerimos montarmos uma mostra virtual com o acervo de memória sobre a vida da pintora, com fotos pessoais, desenhos e depoimento de amigos que conseguimos levantar, pois é um material riquíssimo”, conta Mendonça.
O óleo sobre tela Marina Montini, de Di Cavalcanti (1897-1976) é outra obra de prestígio sob assessoria da startup, que também conecta artistas proeminentes com colecionadores e pretende subsidiar uma licença para um museu sem fins lucrativos a cada cliente premium e organizar leilões para causas sociais. “Queremos agregar. Acreditamos no ‘give back’ e incentivamos a cultura nacional”, diz Mendonça.
A plataforma foi acelerada pelo Founder Institute e recebeu investimento da LAAS (Latin American Angel Society), que liderou sua rodada de captação. A empresa tem parcerias com artistas, museus, bancos, family offices e empresa de seguro. A Faaro planeja conquistar mil novos usuários com 200 mil objetos catalogados em um ano e somar R$ 10 bilhões em ativos sob gestão nesse período.