Tecnologia pode ajudar a reduzir mortes no trânsito e dar mais segurança com maquinário pesado

Diversas novidades são aguardadas neste segmento de mercado

Dados do DataSUS / DPVAT apontam que o Brasil registrou 27.839 indenizações pagas por acidentes de trânsito com vítimas fatais entre janeiro e outubro de 2020, uma média de 80 mortes por dia no país.

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Sobre as causas dos acidentes, um estudo realizado pelo Ministério dos Transportes, Portos e Aviação mostrou que em 53,7% das colisões foram provocadas pela imprudência dos motoristas. Destes, 30,3% ocorrem por infração das leis de trânsito, enquanto 23,4% indicam falta de atenção do condutor.

“Claramente, estes números mostram que existe uma necessidade não só de monitorar melhor os motoristas como também de ajudar àqueles que dirigem como profissão”, analisa Fabio Acorci, Diretor Comercial Corporate da Ituran Brasil, empresa israelense líder mundial em monitoramento veicular. “Mesmo com número de mortes no trânsito caindo (de 33.625 em 2018 para 31.307 em 2019), ele ainda é muito alarmante. Sem falar que o Brasil ainda gasta perto de R$ 30 bilhões em indenizações. Isto é muita coisa, em todos os aspectos.”

Atualmente, existem no mercado algumas ferramentas que podem colaborar com a educação dos motoristas no trânsito, ou ajudar na operação de máquinas pesadas, como escavadeiras e colheitadeiras. “O sistema de monitoramento de frotas funciona bem como um ‘tutor’ para orientar e dar suporte ao condutor a fim de que o mesmo cometa excessos, como por alertar uma eminente colisão, andar acima do limite de velocidade ou trocar de faixa sem dar seta, em alguns casos”, comenta Acorci.

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C Josias & Ferrer no JRS

Outro bom exemplo de tecnologia a serviço da segurança, é o Sistema Anti-Colisão (ADAS – Assistant Driver Anti-Collision System, em inglês), que previne acidentes, reduz o custo de manutenção, salva vidas e posiciona a sua empresa entre as mais avançadas.

“O sistema de câmera frontal identifica carros, motocicletas, bicicletas, patinetes, pedestres ou obstáculos com postes e cercas e gera alertas para o motorista, ao pontar situações criticas de risco de colisão, inclusive quando há mudança de faixa sem previa sinalização com setas”, explica Acorci. “Estes recursos fornecem ao condutor o tempo de resposta necessário para garantir sua segurança”, completa.

De acordo com Acorci, o ADAS ainda conta com dois modos de gravação. “Existe um modo de gravação contínua e ou outro que é acionado em caso de acidentes. Isso pode ajudar na hora de apontar um verdadeiro responsável por uma batida, ou atropelamento, por exemplo, evitando discussões que por vezes levam a agressões”, salienta.

Mais um ponto a favor do ADAS está no consumo de combustível, que pode chegar a 2%. “Com isto, o sistema traz benefícios para o bolso e para a ecologia, uma vez que ajuda a diminuir a emissão de gases poluentes”, analisa Acorci. “Tudo isto com ajuda de algoritmos e inteligência artificial que fazem uma análise de comportamento do motorista, se a direção está muito agressiva, ou com excesso de velocidade, por exemplo.”

Seguindo a linha da segurança ao volante, o sensor de fadiga também pode ajudar a evitar acidentes, alertando ao motorista que ele não tem condições de dirigir naquele momento. “Além disto, o equipamento é capaz de fazer a identificação do condutor do veículo, se ele está usando o celular ou, até mesmo, fumando dentro da cabine”, explica o executivo da Ituran Brasil.

Assim como acontece no ADAS, o sensor de fadiga também tem alguns modos de gravação. Mas, além do contínuo e o de acidentes, o sistema conta com modo de captura de eventos, como fumar ou falar ao celular. “Isto permite que, em caso de acidentes, seja possível identificar se houve alguma negligência do condutor, por exemplo, ou possibilita ao gerente da frota análise comportamental do motorista”, afirma Acorci.

De acordo com Acorci, 2021 deve trazer algumas novidades para o mercado, especialmente para empresas que trabalham com maquinário pesado, como as de mineração ou do agronegócio. “Na verdade deve acontecer uma maior integração entre as tecnologias para oferecer mais segurança, tanto para quem opera os equipamentos, quanto para quem está do lado de fora”, diz. “Teclado veicular com multifunção, sensor de fadiga, câmera externa para gravação de operações externas e o sistema ADAS devem interagir de forma ainda mais amigável em si para ajudar ainda mais a mitigar os acidentes”, completa.

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