Vale-refeição dura apenas 13 dias e trabalhador precisa usar salário para completar a alimentação do mês, aponta Sodexo

Cenário tem se mantido desde a pandemia de Covid-19; antes desse período, média de duração do benefício era de 19 dias

Diante de um cenário inflacionário, o saldo do crédito do vale-refeição do trabalhador brasileiro não tem acompanhado o aumento do custo médio da refeição fora de casa que já chega a R$ 40,64 no País, segundo dados da Associação Brasileira das Empresas de Benefícios ao Trabalhador (ABBT).

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Essa constatação vem de um levantamento realizado pela Sodexo Benefícios e Incentivos em sua base de clientes que mostra que desde a chegada da pandemia de Covid-19, em 2020 até junho deste ano, a durabilidade desse benefício tem sido de apenas 13 dias. Em 2019, a durabilidade média era de 18 dias.

“Se considerarmos que cada transação acontece em um dia útil, podemos dizer que hoje o trabalhador precisa desembolsar nove dias do salário para almoçar e assim fechar o mês até a próxima recarga do benefício uma vez que as empresas geralmente consideram 22 dias úteis na concessão do crédito”, explica Willian Tadeu Gil, Diretor de Relações Institucionais e de Responsabilidade Corporativa da Sodexo Benefícios e Incentivos.

O executivo lembra que as empresas têm ficado alerta a este cenário desafiador, reajustando o valor do crédito do benefício. “Importante lembrar que no primeiro trimestre deste ano em comparação com o mesmo período do ano anterior, empresas de todos os portes aumentaram, em média, 7,42% o valor do crédito do cartão refeição, justamente por entender que a oferta de benefícios ao trabalhador é questão de estratégia de negócio na atração e retenção dos melhores talentos”, finaliza.

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