Willis e escritório de advocacia promovem evento sobre segurança cibernética

Momento ainda abordou a nova Lei Geral de Proteção de Dados

No final de outubro, a Willis Towers Watson trouxe especialistas internacionais em riscos cibernéticos, que se uniram aos do Brasil para expor e debater em conjunto com advogados do escritório Mattos Filho a nova Lei de Proteção de Dados Pessoais e a segurança cibernética. Em dois dias (24 e 25 de outubro) foram abordados aspectos como mitigação dos riscos, redução de custos e a importância de se engajar as pessoas na proteção das organizações. Clientes da banca e da consultoria e corretora de seguros participaram das discussões.

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Erika Graciotto, Leader of Employee Insights da Willis Towers Watson, falou sobre como o comportamento dos empregados impacta diretamente o risco cibernético. Segundo o estudo Claims Index realizado pela companhia em 2017, a negligência ou os atos maliciosos dos colaboradores são responsáveis por mais de 58% das violações cibernéticas. “Apesar desse alto índice, os departamentos de recursos humanos das empresas brasileiras ainda não estão preocupados e/ou envolvidos com o tema de cibersegurança. Segundo o estudo de clima e engajamento de 2017, realizado pela Willis Towers Watson com mais de 261 empresas brasileiras, apenas 4% tem como prioridade o tema “riscos cibernéticos”. Nos Estados Unidos esse índice é de 66%”, complementa a executiva.

Especificamente sobre seguros, Elizabeth Gurney, Cyber Product Champion Latin America e Ana Albuquerque, gerente de linhas financeiras da Willis Towers Watson, apresentaram as principais características do seguro no mundo e principalmente no Brasil. As executivas explicaram as coberturas da apólice de riscos cibernéticos além de pontuarem que o produto é uma importante ferramenta do programa de cibersegurança de uma empresa, cobrindo riscos que praticamente não podem ser prevenidos ou mitigados. Segundo Elizabeth, o mercado global de prêmios do seguro de ciber é de cerca de 3 bilhões de dólares e a expectativa é que em 2023 esse mercado seja de cerca de 17 bilhões. “Segundo estimativas, os custos dos ciberataques irão custar 6 trilhões de dólares para a economia global em 2023, ou seja, as empresas precisam se preparar para rever questões relacionadas a pessoas, tecnologia e seguros, para os desafios que virão pela frente”, finaliza Elizabeth.

Já o advogado e sócio do Mattos Filho, Paulo Brancher, apresentou em detalhes diversos pontos da nova legislação que entrará em vigor em fevereiro de 2020. Além disso, fez comparativos com a General Data Protection Regulation (GDPR), lei europeia que passou a vigorar em maio deste ano. Segundo Brancher, as empresas precisam começar a se preparar, mesmo ainda faltando 16 meses. “A nova legislação vai impor uma série de desafios para as organizações, como acertos em contratos com fornecedores, integração de sistemas, entre outros”, explica o advogado.

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