Com o fim das negociações em torno do orçamento, mercado pode olhar para as reformas

Confira análise da Nova Futura Investimentos

Os mercados europeus fecharam o pregão de sexta-feira (23 de abril de 2021) majoritariamente em queda. Os investidores tiveram cautela em relação ao avanço no número de casos de Covid-19. que ainda continuam elevados no continente. e buscaram se ajustar às perdas de Nova York no dia anterior, embora os números da primeira prévia do PMI tenham registrado melhora. Londres fechou estável. Frankfurt teve queda de 0,27%. Paris recuou 0,15%. Milão cedeu 0,05%. Na Península Ibérica, Lisboa e Madri recuaram 0,21% e 0,44%, respectivamente.

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Em Nova York, os principais índices fecharam em alta. Os dados de atividade econômica, mais especificamente a prévia do PMI — indicando a retomada da economia do país e as negociações em relação à aprovação do pacote de estímulos –, contribuíram para o bom desempenho das bolsas americanas. O Dow Jones teve alta de 0,67%. O S&P 500 ganhou 1,09% e a Nasdaq teve avanço de 1,44%.

No Brasil, o Ibovespa teve alta de 0,97% na sexta-feira, acompanhado Nova York. Internamente, o fim das dúvidas em torno da aprovação do Orçamento e a sinalização para reformas também contribuíram para o avanço da bolsa brasileira. Adicionalmente, a participação do Brasil na Cúpula do Clima foi considerada positiva, tirando um pouco da pressão sobre o país.

Os mercados asiáticos fecharam sem direção única. Na China, houve realização de lucros, com Xangai e Shenzhen perdendo 0,95% e 0,75%, respectivamente. Acompanhando os ganhos de Nova York de sexta-feira, Taiwan teve elevação de 1,57%, Seul registrou alta de 0,99% e Hong Kong teve realização de 0,43%. Tóquio obteve elevação de 0,36%, com limitações por conta do avanço da Covid-19 no Japão.

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Para hoje (26 de abril de 2021)

Os futuros em Nova York operam majoritariamente em queda e os mercados europeus operam sem direção única, em meio aos dados piores do que o esperado na Alemanha e aguardando decisões dos bancos centrais durante a semana.

No Brasil, o IPC-FIPE teve avanço de 0,51%, após alta de 0,65% na prévia anterior.

Hoje será divulgado o Relatório Focus pelo BC. A autoridade monetária também realizou a oferta de 15.000 contratos de swap a partir das 11h30min.

O IBRE FGV teve variação de 0,39% para a semana até o dia 22 de abril. A instituição também divulgou que a Sondagem da Industria sinalizou mais uma queda de 1,1 ponto, saindo de 104,2 pontos em março e caindo a 103,1 pontos.

O mercado também ficará atento às agendas de reformas, com a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) iniciando seu calendário de audiências públicas em torno da reforma administrativa; o avanço na vacinação contra a Covid-19; o novo marco de ferrovias; e leilões do saneamento.

Internacional

Na Alemanha, os indicadores de expectativa divulgados pelo instituto IFO para abril tiveram resultados aquém do esperado. As Expectativas dos Negócios tiveram desempenho de 99,5 pontos, ante expectativa de 101,3 pontos. A Avaliação da Situação Atual ficou próxima do esperado, em 94,1 pontos, ante as projeções de 94,4 pontos; e o Índice de Clima de Negócios, que tinha perspectiva de chegar a 97,8 pontos, alcançou 96,8 pontos.

Nos EUA, serão divulgados os Pedidos por Bens Duráveis para o mês de março. Para o indicador amplo, espera-se avanço de 2,5%, ante queda de 1,2% em fevereiro. O núcleo do indicador, isto é, excluindo transportes, tem expectativa de avanço de 1,6%, ante queda de 0,9% em fevereiro.

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