Especialista estima taxa de juros em 9% até o final de 2022

Projeção foi de Patricia Braga, Estrategista Chefe da MAG Investimentos, durante evento da Abrapp

Nesta quarta (15) e quinta (16) acontece o 10º Seminário Gestão de Investimentos nas Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPC). A programação conta com especialistas para abordar cenários e perspectivas para a economia, estratégias em investimentos, oportunidades e desafios em renda variável, além de alocação de investimentos no exterior e outros.

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Durante o painel “Cenários e Perspectivas: O que vem no pós-pandemia?”, o moderador Sérgio Fontes (Diretor Executivo responsável pela área de Investimentos da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar – Abrapp) recebeu Patricia da Silva Pereira Braga (Estrategista Chefe da MAG Investimentos). A especialista demonstrou preocupação com o panorama geral da economia brasileira e projetou que a política de expansão da Taxa Selic pelo Copom deve continuar no próximo ano. “A inflação foi alta no mundo todo, mas isso fala muito sobre a sustentabilidade de nosso País. Por aqui, a polarização e o cenário de incertezas no campo político aprofundam as preocupações”, disse Patricia ao projetar que a taxa de juros pode chegar a 9% até o final do próximo ano e demonstrar que o índice inflacionário do Brasil surpreendeu nos últimos meses.

“Esse ciclo tem de ser quebrado para melhora da imagem institucional do País, para que haja sustentabilidade e um ambiente de negócios melhor. As reformas são fundamentais para melhorarmos o risco fiscal institucional. Taxa de juros e inflação podem ser baixos, Produto Interno Bruto (PIB) e emprego podem crescer de modo sustentável, caso o foco deixe de estar na política de curto prazo”, explicou Patricia Braga. “É um ambiente desafiador. O investidor realizou diversificações importantes em um cenário de taxa de juros a 2%, como no ano passado”, complementou ao demonstrar que a política econômica impacta diretamente no valuation das empresas e na rentabilidade de fundos.

A Estrategista Chefe da MAG Investimentos ainda demonstra que o panorama atual vive uma série de desafios. “Além das reformas, o País tenta evitar o racionamento de energia, vivemos um choque com os combustíveis e no mundo temos o preço das commodities em expansão. É um período excepcionalmente ruim”, analisa. “O interessante, para o investidor, é que não se perca o bom hábito da diversificação e novos instrumentos sobre investimentos e recursos de fundos de pensão”, acrescentou.

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Patricia Braga também lembra que os movimentos no mercado mundial podem trazer reflexos para a economia brasileira. Os Estados Unidos podem começar a diminuir o ritmo de estímulos econômico. “Até mesmo a Europa, que tem uma política econômica mais cautelosa, tem surpreendido. O que precisamos é ter a casa arrumada”, comparou ao enfatizar a importância das reformas estruturais.

O tema do seminário é de extrema importância em um momento em que os fundos de pensão revisam as estratégias de investimento, como consequências da atual situação da economia. Também participam do evento como palestrantes e debatedores representantes das principais casas que atuam nesse segmento, como XP Asset Management, BlackRock, Vinci Partners, JP Morgan, Credit Suisse, BNP Asset Management, KPTL e várias outras. O seminário também conta com a participação de executivos da Previc e diretores dos maiores fundos de pensão em palestras e debates. Além disso, os representantes da Abrapp e o presidente da instituição, Luís Ricardo Martins, são os anfitriões do encontro.

Estima-se que os fundos de pensam somem um patrimônio de R$ 1 trilhão e façam pagamentos a mais de 3 milhões de pessoas todos os meses.

Para acompanhar a programação completa do Seminário basta acessar o hotsite especial. Confira a programação completa neste endereço.

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