51% da população aprova reformulação do Imposto de Renda

Maioria reprova taxação de lucros e dividendos para pessoa física

Pesquisa Exame/Ideia, divulgada na última sexta-feira (02), aponta que 51% das classes A e B apoiam proposta da reforma tributária que efetua a isenção do imposto de renda para quem recebe até R$ 2.500.

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O estudo também questiona se “Voltar a cobrar impostos de lucros e dividendos pagos a pessoa física é uma medida correta do governo”. Sobre isso, 45% dos entrevistados discordam, 41% não concordam nem discordam e 14% concordam.

“Não existe apoio a cobrar impostos sobre lucros e dividendos de pessoa física. As classes A e B e a faixa de maior escolaridade são massivamente contrárias a essa medida. Já para outros segmentos não é tão relevante, mas de qualquer maneira existe uma massa crítica da população que discorda”, diz Maurício Moura, fundador do IDEIA, instituto especializado em opinião pública.

Inflação

A pesquisa ainda revela que 71% dos brasileiros sofrem com o aumento de preços em 2021. Nos últimos meses, a inflação atingiu uma alta de 8,06%. E com a renda estagnada, a população têm sentido dificuldades para consumir e pagar as contas.

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Além disso, a análise mostrou quais são os produtos e serviços que mais sofreram aumento de preço. Os alimentos e bebidas estão no topo da lista, indicados por 81% dos entrevistados como itens de maior aumento. Logo depois, a inflação de combustíveis (79%) e energia elétrica (77%) foram apontados como os produtos que mais têm afetado o orçamento. Em seguida medicamentos (55%), vestuário (25%) e internet (20%).

“Os itens que mais têm afetado a vida das pessoas são alimentos e bebidas. Quando olhamos o segmento de renda média e alta, eles têm sido bastante afetados por esses dois itens e também pelos combustíveis. É interessante notar que, comparada com as pesquisas anteriores, a energia elétrica tem se colocado em uma percepção de aumento de preço bastante relevante para a opinião pública”, comenta Maurício.

O levantamento ouviu 1.248 pessoas entre os dias 28 de junho e 1° de julho. As entrevistas foram feitas por telefone, com ligações tanto para fixos residenciais quanto para celulares. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.

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