Pesquisa mundial indica que seguradoras apostam em crescimento econômico para 2017
80% dos CEOs da área de seguros estão confiantes com o desempenho econômico das empresas
Mesmo com taxas de prêmios baixas, das taxas de juros menores e do tímido crescimento econômico em muitos mercados em desenvolvimento, os líderes das seguradoras acreditam no fortalecimento da indústria e de suas empresas. Segundo a 20ª Pesquisa Global com CEOs, da PwC, que ouviu 95 CEOs da área de seguros em 39 países, 80% dos entrevistados do setor estão confiantes que podem atingir o crescimento de receitas ao longo do ano.
A despeito do otimismo com o crescimento, os CEOs de Seguros são os mais preocupados na comparação com líderes de outras 15 indústrias com questões relativas ao ambiente de negócios. Quase 70% deles estão muito preocupados com o excesso de regulação (ante 60% do setor bancário e 54% de Saúde); 45% estão muito preocupados com a mudança no comportamento dos consumidores; e 42%, com o impacto da velocidade doa avanços tecnológicos.
Tecnologia acirra competição
O relatório analisa o crescimento das InsurTechs, startups que unem o mercado de seguros com os benefícios da tecnologia. Trata-se de um fenômeno que preocupa os players do setor. Uma das razões é a diferença de investimentos nas Insurtechs na comparação com as empresas tradicionais – US$ 3,4 bilhões nos últimos 6 anos, número cinco vezes maior do que o investido nas seguradoras.
Contudo, as InsurTech podem se tornar aliadas das empresas do setor de Seguros. Parcerias entre elas permitirão às seguradoras aumentar a inovação, aprimorando processos e reduzindo custos. Além disso, as FinTechs também podem ajudar a melhorar as análises de dados das companhias tradicionais com as ferramentas que elas têm à disposição, facilitando o entendimento do cliente.
As preocupações com os avanços da tecnologia, entretanto, não se resumem à participação das InsurTech no mercado. A pesquisa revela que 28% dos CEOs de seguradoras acreditam que a tecnologia remodelará completamente a competição da indústria nos próximos cinco anos, enquanto 58% afirmam que a tecnologia terá, pelo menos, um impacto significante. Isso ocorre porque as mudanças na área de tecnologia aumentam a digitização e o uso de dados, trazendo, por consequência, um aumento de riscos cibernéticos. Cerca de 80% dos CEOS estão de alguma maneira preocupados com ataques cibernéticos e vazamentos de dados.
Equilíbrio
Para as promessas de crescimento se concretizarem, os CEOS acreditam que é necessário desenvolver as capacidades do negócio, mantendo o foco no consumidor e nos produtos – fatores que exigem investimento contínuo. Manter os custos reduzidos e aumentar a produtividade é fundamental. No entanto, cortar custos, apenas, não garante o crescimento em longo prazo. A chave incluir cada vez mais a transformação digital que, no fim das contas, entrega soluções mais individualizadas e focadas nos clientes por custo-benefício maior.
Ainda segundo a pesquisa, 94% dos CEOs dizem que promovem a diversidade e a inclusão (maior número entre as indústrias pesquisadas).